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Lula revoga MP, e Pesca volta a ter status de secretaria

O Globo, O País, p. 13
29 de Ago de 2008

Lula revoga MP, e Pesca volta a ter status de secretaria

Durou menos de 30 dias o sonho do petista Altemir Gregolin de ver sua pasta, a Secretaria da Pesca, transformada em ministério. A medida provisória criando o Ministério da Pesca e dobrando a estrutura de cargos em todo o país foi anunciada com muita festa durante visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a um terminal pesqueiro em Salvador. Ontem, porém, Lula se reuniu com o ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, e o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), e acertou a revogação da MP a partir de hoje.
De volta ao status de secretário, Gregolin terá agora de fazer um grande lobby no Congresso para ver aprovado um projeto de lei propondo a criação do ministério, que deixa de existir a partir de hoje.
- A ministra Dilma é a responsável por estarmos aqui hoje comemorando esse momento histórico para a pesca no Brasil. Vamos assumir mais competências e nosso espaço será fortalecido no governo! - discursou Gregolin, ao lado de Lula, em 29 de julho, na Bahia.
- Fizemos a reforma agrária na terra e agora vamos fazer a reforma aquária - disse Lula, sobre a criação do novo ministério, na mesma solenidade.
Na véspera de voltar a ser secretaria, Gregolin distribuiu ontem nota timbrada de sua pasta como Ministério da Pesca, anunciando a Semana do Peixe e a distribuição de 50 toneladas de pescado para a população carente do Rio de Janeiro, a partir desta segunda-feira.
Perde efeito a criação de 295 cargos de confiança
Com a revogação da medida provisória, perderá efeito a criação de 295 cargos de confiança, o a um custo anual de R$ 17,7 milhões - sem necessidade de concurso público - distribuídos por toda a Esplanada dos Ministérios. Dos postos criados, apenas 150 se destinavam ao novo Ministério da Pesca, que seria um reduto político do PT de Santa Catarina. 0 projeto de lei, ainda sem data para votação, vai prever apenas a criação do novo ministério, sem a criação de cargos.

O Globo, 29/08/2008, O País, p. 13

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