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Lula faz acordo para encerrar greve de fome

FSP, Brasil, p. A13-A16
06 de Out de 2005

Lula faz acordo para encerrar greve de fome
Para convencer bispo a terminar hoje seu protesto, Planalto admite fazer concessões e receber religioso em Brasília

Com a promessa de só começar as obras para a transposição das águas do rio São Francisco depois de convencê-lo de seu acerto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fechou ontem um acordo com o bispo de Barra (BA), dom Luiz Flávio Cappio, para que o religioso encerre hoje a greve de fome que iniciou há dez dias, em protesto contra o projeto.
Cappio aceitou um convite para se encontrar com Lula em Brasília em data que será definida hoje, quando o ministro Jaques Wagner (Relações Institucionais) e o representante do papa Bento 16 no Brasil, o núncio apostólico Lorenzo Baldisseri, o encontrarão em Cabrobó (PE).
No entanto, o porta-voz de dom Luiz Cappio, Adriano Martins, negou que exista "qualquer tipo de acordo" com o governo: "O bispo nem sabe o que o Jaques Wagner vai propor amanhã [hoje]". Para o porta-voz, a notícia do acordo "é contra-informação para tentar esvaziar as ações dos movimentos populares".
"Se houver uma proposta que atenta às reivindicações do bispo, ele encerra a greve de fome", afirmou Martins. "Mas não há nenhum acordo preestabelecido com ele."
A viagem de Wagner estava prevista para a tarde de ontem, mas foi adiada por conta dos últimos ajustes da negociação do Planalto com o bispo. O presidente queria que o ministro se encontrasse com dom Cappio sem a chance de obter um revés no acordo.
"Não falei em adiamento nem em suspensão da obra. Falei em prolongamento do debate. Obviamente que, enquanto há debate, a obra não começará", disse Wagner ontem à Folha. O recado do ministro foi transmitido a Cappio pelo representante do papa e outros religiosos envolvidos na negociação para que a greve de fome seja encerrada hoje.
Segundo Wagner, "o presidente, com seu espírito democrático e humanitário, não precisa de nenhuma vítima para implementar um projeto que julga um ato de grandeza em relação a tantos nordestinos que não têm água".
Na prática, a atitude do governo é atrasar a obra mais um pouco, como antecipou ontem a Folha, a fim de persuadir o bispo a aceitá-la. Lula espera convencê-lo com o argumento de que trabalhará para aprovar a emenda constitucional que destinará mais verbas para a revitalização do rio.
O encontro de hoje entre Wagner e o bispo de Barra (BA), em greve de fome desde as 12h de 26 de setembro, será a segunda tentativa direta do Planalto de demovê-lo do protesto. A primeira, fracassada, ocorreu no final da semana passada, quando Lula enviou uma carta a dom Cappio e sugeriu a abertura de conversas sobre o projeto de transposição.
A iniciativa do Planalto, porém, foi inócua, com o bispo respondendo que manteria a decisão de "permanecer em jejum e oração" enquanto não chegasse um documento assinado pelo presidente revogando e arquivando o atual projeto de transposição.
Será dito a Cappio que, apesar da iminente concessão da licença ambiental do Ibama para começar a obra, o governo só dará início à execução do projeto após o "prolongamento do debate", como afirmou ontem Wagner.
Como o bispo tem dito que não se opõe à transposição, mas ao projeto específico da gestão Lula, o governo tem a esperança de convencê-lo, sob o argumento de que a obra beneficiará a população mais carente e não a prejudicará, temor alegado por Cappio.
Mudar o projeto
Ontem, o ministro das Relações Institucionais admitiu a possibilidade de mudanças no atual projeto de transposição. "Não tem aqui cabeça dura que diga "isso é meu e não mudo em hipótese nenhuma'", disse Wagner durante entrevista ontem à noite no Planalto, quando anunciou o acordo.
Promessa da campanha eleitoral de 2002 que ainda não saiu do papel e que dificilmente terá avanço significativo até a conclusão do mandato de Lula no final de 2006, o cronograma da transposição está bastante atrasado. O governo estava preocupado com o desgaste internacional de uma eventual morte do bispo. O próprio Vaticano demonstrou desconforto e atuou por meio do seu representante no Brasil, que disse a Cappio que a Igreja Católica desaprovava a greve de fome.
O Palácio do Planalto pressionou ainda a cúpula da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) a atuar para combater a greve de fome e cobrou dos religiosos do Nordeste que defendem a transposição que tornassem públicas as suas posições.
No início da greve, os bispos favoráveis à transposição se mantiveram calados, enquanto religiosos ligados a Cappio deram entrevistas reforçando o ponto de vista dele e dizendo que respeitavam seu direito à greve de fome. (KENNEDY ALENCAR, EDUARDO SCOLESE, FERNANDO RODRIGUES E ADRIANO CEOLIN)

Bispo só dialoga com documento

Fábio Guibu

O bispo de Barra (BA), dom Luiz Flávio Cappio, 59, que completa hoje dez dias em greve de fome contra a transposição das águas do rio São Francisco, disse ontem que o governo federal acenou com a possibilidade de atrasar o começo da obra por medo da repercussão internacional.
"Sempre soube que o governo está mais com medo da repercussão internacional do que de mim", afirmou. "Isso desgasta muito o governo, as pressões políticas, as repercussões. É isso o que eu tenho dito", declarou.
Cappio leu ontem a reportagem da Folha sobre a intenção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de suspender o projeto para negociar o fim do jejum. Depois, reafirmou que só aceitará discutir o encerramento da greve de fome após receber "um documento do presidente, em mãos, assinado por ele, direitinho".
"Quero saber os termos do documento. Nada vai me demover, enquanto não recebê-lo", disse. No sábado, o bispo recusou proposta de diálogo com Lula, feita por um emissário do presidente.
Sobre as críticas a sua conduta, classificada de irresponsável e autoritária por Lula e alguns ministros em reunião anteontem em Brasília, o religioso foi diplomático. "Estamos numa nação democrática. Eles têm direito de lançar o seu ponto de vista."
Dores e falta de ar
Pela primeira vez desde o início da greve de fome, Cappio reclamou de dores no corpo e dificuldades para respirar.
Ele foi atendido por uma equipe médica da Secretaria da Saúde de Cabrobó, que não constatou problemas graves. Segundo o médico que o atendeu, Francisco Bruno Matias Figueiredo, 27, o bispo perdeu quatro quilos desde que iniciou o protesto. Passou de 65 kg para 61 kg.
"É a perda de peso esperada para quem ingere muito líquido, como ele", disse Figueiredo. "É uma pessoa preparada, que ainda vai agüentar bem", declarou.

Presidente adota discurso de conciliação com bispo e anuncia que apoiará aprovação de emenda constitucional
Presidente anuncia verba para revitalização de rio
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva adotou ontem um discurso de conciliação com o bispo de Barra (BA), Luiz Flávio Cappio, 59, que está em greve de fome para protestar contra o projeto de transposição do rio São Francisco. Lula disse que o governo lutará pela aprovação de uma emenda constitucional que destina 0,2% da arrecadação federal para a revitalização do rio e das cidades ribeirinhas.
"Queremos que seja aprovado [projeto de emenda]", afirmou ontem o presidente, em rápida entrevista, após participar da abertura da Olimpíada do Conhecimento, promovida pelo Senai, em São Paulo.
Lula, que pretende resolver o impasse com o religioso antes de tirar o projeto do papel, elogiou a "grandeza" de quem opta por esse tipo de protesto. "Todas as pessoas que tomam a decisão de fazer greve de fome são pessoas que têm grandeza", disse. "Já fiz greve de fome [quando era sindicalista] e quando você faz é porque tem uma forte razão em que você acredita."
Ele afirmou ainda que não irá falar pessoalmente com o bispo, mas lembrou que há "outras pessoas conversando". "A igreja está conversando. E a igreja tem um comportamento que todos nós sabemos em relação à greve de fome", disse Lula, que em 1980 foi demovido pelo arcebispo de São Paulo, cardeal d. Claudio Hummes, de dar continuidade a uma greve de fome que fazia.
Sempre ressaltando que irá encontrar uma saída para o impasse, o presidente afirmou que está "tranqüilo com a justeza da obra". "Sou cristão que acredita em Deus, acho que encontraremos uma boa solução", disse, sem admitir o atraso da obra por causa do jejum de Cappio. "Não poderia haver suspensão de uma obra que não tem data marcada para começar", afirmou, lembrando que ainda não foi concedida a licença ambiental necessária para dar início à obra.
Em contraste com o discurso de conciliação com o bispo, o presidente mandou um recado aos políticos que criticam a transposição. "Vejo alguns governantes defendendo o rio, mas a vida inteira jogaram esgoto nele e permitiram que fizessem carvão com as matas ciliares", afirmou Lula.
Alguns dos maiores opositores da transposição são os governadores pefelistas Paulo Souto (Bahia) e João Alves (Sergipe) e os senadores César Borges e Antonio Carlos Magalhães, ambos do PFL. Os quatro estiveram em Cabrobó (PE) para visitar o bispo.
Segundo Lula, o governo fará um trabalho "digno de Brasil". "Vamos aguardar. Certas coisas têm tempo para começar e para acabar", disse o presidente.
A PEC (proposta de emenda constitucional) que o governo promete apoiar em troca do fim da greve de fome do bispo destina entre R$ 250 e 300 milhões por ano a projetos de recuperação e desenvolvimento da bacia do São Francisco. Até ontem à tarde, porém, a proposta sofria resistência da área econômica do governo.
A última versão da proposta prevê a aplicação de 0,2% dos tributos recolhidos pela União (descontadas as transferências a Estados e municípios e demais receitas vinculadas) à bacia do São Francisco. Além disso, o projeto determina que 10% dos royalties pagos a Estados e municípios pela exploração de energia hidrelétrica em seus territórios também sejam destinados a projetos na região.
Segundo cálculo do relator da proposta, deputado Fernando Ferro (PT-PE), em 20 anos, a bacia do São Francisco receberia entre R$ 5 e R$ 6 bilhões de investimentos. Ainda de acordo com o relator, os ministros Jaques Wagner (Relações Institucionais) e Dilma Rousseff (Casa Civil) prometeram engajamento do governo na busca de votos para a proposta, que já contava com o apoio dos ministros Ciro Gomes (Integração Nacional) e Marina Silva (Meio Ambiente).
A articulação foi movida pela greve de fome do bispo Cappio como alternativa à paralisação da obra -nem sequer cogitada na área técnica do governo.
Responsável pelo projeto de transposição, o Ministério da Integração Nacional prepara-se para iniciar a construção dos mais de 700 quilômetros de canais de concreto da transposição do rio tão logo o Ibama (Instituto Nacional do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) conceda a licença de instalação, o que deve ocorrer nos próximos dias.
Os dois primeiros trechos da obra seriam tocados pelo Comando do Exército. Os demais 12 lotes da transposição serão executados por empreiteiras, que disputam a licitação de cerca de R$ 300 milhões por lote. O custo total está estimado em R$ 4,5 bilhões.
A PEC começou a tramitar no Congresso em 2001. Ela foi apresentada ainda no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso pelo senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) como compensação pelo desvio de parte das águas do rio, previsto numa versão anterior do projeto de transposição. A proposta foi aprovada por unanimidade no Senado. Desde abril de 2002, espera decisão dos deputados.

Cidade tem atos pró-transposição
Entidades e órgãos públicos favoráveis à transposição das águas do rio São Francisco reagiram à greve de fome do bispo de Barra (BA), dom Luiz Flávio Cappio, 59, e iniciaram ontem, na região, uma campanha em favor da execução imediata do projeto.
Faixas com frases de apoio à causa foram instaladas nas avenidas de Cabrobó (600 km de Recife, PE). Carros de som circulam conclamando a população a apoiar a campanha. Há carros que trafegam com frases como "transposição já" pintadas nos vidros.
Uma nota assinada por dez prefeituras e Câmaras Municipais, além de entidades ligadas ao comércio e sindicatos do sertão pernambucano, diz que o rio não será prejudicado e que o projeto "é benéfico e necessário para atender as necessidades do sertanejo".
O documento afirma que a transposição "criará perspectivas de desenvolvimento sustentável, melhorando a qualidade de vida".
O grupo anunciou a realização de um ato público com representantes de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará -Estados onde o projeto será implantado- no próximo sábado, na cidade de Custódia (PE).
"A atitude do bispo foi exagerada", disse o prefeito de Cabrobó, Eudes Caldas (PTB). "Talvez o bispo tenha uma visão equivocada da transposição", declarou.
O religioso disse que não é contra a realização das obras de saneamento. Segundo ele, o projeto de transposição não está ligado às obras de revitalização e saneamento, que poderiam ser executadas de forma independente.
Ceará
O Comitê Cearense em Defesa do Projeto de Integração do Rio São Francisco se reuniu ontem, em Fortaleza, para pensar em estratégias de resposta à greve de fome de dom Luiz Cappio.
"Não queremos que o bispo morra de fome mas também não vamos permitir que cearenses morram de sede", disse o deputado estadual Chico Lopes (PC do B-CE), que integra o comitê.
Ao mesmo tempo em que acontecia a reunião favorável à transposição, foi realizada uma missa, no acampamento do MST montado em frente à sede do Incra, em Fortaleza, em solidariedade à Cappio e em favor suspensão do projeto. Em Maceió (AL), 15 religiosos ligados à Comissão Pastoral da Terra encerraram pela manhã um jejum de 24 horas, também em solidariedade ao bispo.

Entidade defende que frei Luiz Flávio Cappio interrompa jejum, mesmo em "nome de uma boa causa"
Greve até a morte é "inaceitável", diz CNBB
O secretário-geral da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), dom Odilo Scherer, defendeu ontem que o frei Luiz Flávio Cappio interrompa a greve de fome e afirmou que levar o ato às últimas conseqüências, mesmo que em nome de uma boa causa, é "moralmente inaceitável".
"Não somos senhores de nossa própria vida e nós mesmos não devemos provocar intencionalmente nossa morte, nem mesmo por uma causa boa. Por isso, a greve de fome "até à morte" não é moralmente aceitável", disse Scherer, em entrevista por e-mail.
Para o secretário-geral da CNBB, dom Cappio, que protesta contra o projeto de transposição do rio São Francisco, já atingiu seu objetivo. "Penso que o gesto de dom Cappio já alcançou seus objetivos e agora ele deveria interromper a greve de fome, para não colocar em risco sua vida."
A declaração de dom Scherer, mais dura, muda o tom da cúpula da CNBB a respeito de Cappio, em greve de fome há dez dias. Antes de viajar a Roma para participar do Sínodo dos Bispos, o presidente da CNBB, dom Geraldo Majella, disse respeitar a atitude do frei: "Respeitamos a sua decisão. Não o podemos impedir e o acompanhamos com nosso conselho e oração". Ontem, o secretário-geral citou a doutrina cristã para diferenciar o jejum e a greve de fome. "A tradição do cristianismo e de outras religiões conhece o jejum; no jejum não se coloca como condição "ir até à morte", se não for aceita nossa causa."
Para Scherer, a solução o impasse do projeto deve ser "política". "Os bispos e religiosos também têm posições diferentes, assim como a população. A solução deverá ser política, respeitando a natureza e o bem da população local."

Comoção e santidade
Questionado sobre a comoção em torno de dom Cappio, com romaria e fila para que benza fiéis, dom Scherer respondeu: "Gestos como o de dom Cappio sempre causam grande impacto e despertam interesse e fortes emoções. É importante não perder a serenidade e manter abertas as portas para uma solução dialogada e positiva para esta situação".
Para o professor de ciências da religião da PUC-SP, Luiz Felipe Pondé, é natural que surjam seguidores de Cappio. "O sacrifício é forte na imagem do cristianismo. Ele flerta com a morte em nome da justiça, isso é interpretado pelo imaginário popular como alguém que está se aproximando da idéia de santidade."
A trajetória do frei, diz o professor, o liga simbolicamente a padres que ganharam a força de santos populares, como Padre Cícero (1844-1934) e Frei Damião (1898-1997). Pondé defende que as reações são símbolo de tendência devocional que continua ativa. "Até uma mulher muito sofrida, que ajuda as pessoas, de repente começa a ser procurada, acham que ela pode abençoar, ajudar."

CNBB do Nordeste critica Cappio
A presidência do Conselho Regional Nordeste 2, da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), divulgou nota ontem na qual se coloca a favor da transposição do rio São Francisco e contra a greve de fome do bispo Luiz Flávio Cappio.

A regional abrange, além de Alagoas, três Estados que seriam beneficiados com o projeto: Pernambuco, Rio Grande do Norte e Paraíba.
O documento diz ser favorável ao início do processo "com a devida urgência, contemplando as necessidades vitais das populações ribeirinhas". A nota afirma ainda que a posição foi tomada em 9 de março de 2001 e está mantida.
O arcebispo da Paraíba, Aldo di Cillo Pagotto, assina o documento com outros três bispos. Ele já havia dito anteontem que o protesto de Cappio deveria ser visto como um "ato pessoal", "uma atitude isolada".
Ontem, na nota, reafirmou essa posição. "Afirmamos a nossa desaprovação à atitude extrema do nosso irmão dom Luiz Flávio Cappio, que provocou perplexidade e sofrimento a nós pastores e ao povo de Deus a nós confiado", afirma o documento.
Já o secretário do Conselho Regional Nordeste 3 (Bahia e Sergipe), dom Paulo Romeu Dantas Bastos, 50, bispo de Alagoinhas (BA), disse que apóia a greve de fome "por ser uma atitude profética, evangélica, de contradição diante de um mundo que valoriza tão somente o lucro".
Ele disse ser amigo de Cappio, com quem morou junto em Barra por duas vezes, em 1978 e 1981.
"O gesto dele é, sem dúvida, de grande generosidade para com o povo, mas também consciente de que todos nós devemos defender a natureza como um todo", disse. E continuou: "Eu respeito a decisão dele. Pelo que eu conheço de Cappio, ele vai levar isso até as últimas conseqüências."
Ele disse ser favorável também à causa. "Eu vi a morte dos rios de Barreira e São Desidério, que alimentavam o São Francisco, pelo desmando humano. Ele precisa de uma revitalização, passar por um "tratamento de saúde" muitíssimo sério", afirmou o bispo.
"É uma irresponsabilidade, uma inconseqüência do governo, no momento atual, como o rio está, fazer a transposição."

FSP, 06/10/2005, Brasil, p. A13-A16

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