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17 de Jul de 2012
Localizado a 260 km da costa do Rio Grande do Norte e próximo ao arquipélago de Fernando de Noronha, o Atol das Rocas, transformado em 1979 na primeira Reserva Biológica Marinha do Brasil, é o único atol do Atlântico Sul. Por sua alta produtividade biológica é a maior colônia de aves marinhas do Brasil e uma das principais áreas de reprodução, abrigo e alimentação de várias espécies.
O local não é lembrado somente pela espetacular biodiversidade que apresenta, mas em sua história encontram-se episódios trágicos como os diversos navios que naufragaram durante tormentas, especialmente, até o final do século XIX, e o drama de faroleiros que sofriam com o isolamento e o atraso na chegada de suprimentos. A experiência de um deles, inclusive, deu origem a lendas e mitos que até hoje assombram o imaginário popular.
Essas e outras histórias sobre a reserva biológica administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) são abordadas no livro Atol das Rocas 3o51´S 33o48´W, que terá lançamento nacional nesta quarta-feira (18), em São Paulo. A publicação, da BEI Editora, com patrocínio do banco Santander e do Instituto Semeia, foi lançada em nível regional no mês passado em Natal (RN).
A obra também compila o rigoroso trabalho das fotógrafas Zaira Matheus e Marta Granville, que registraram ao longo de cerca de dez anos a beleza e a diversidade do Atol das Rocas. Produzida em colaboração com a bióloga Alice Grossman, a publicação apresenta, ainda, uma extensa pesquisa sobre a ocupação humana no local, incluindo fotografias e registros iconográficos históricos. Um texto assinado pelo almirante e historiador Max Justo Guedes mostra como os cartógrafos representaram, ao longo dos séculos, o Atol.
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