g1 - https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia
19 de Mar de 2022
Livro conta a história de resistência dos povos indígenas brasileiros
Repórter fotográfico de política há mais de 30 anos, Ricardo Stuckert decidiu dar voz aos indígenas. E, assim, nasceu o livro 'Povos originários, guerreiros do tempo'.
Por Jornal Nacional
19/03/2022
A história de resistência dos indígenas brasileiros foi capturada pelo repórter fotográfico Ricardo Stuckert. As imagens estão num livro lançado nesta semana.
Yanomani, a Penha Góes tinha 22 anos de idade em 1997, quando o Ricardo Stuckert, fez a foto. Anos depois, um novo registro.
"Dezessete anos depois e se você for ver as expressões da vida, o que ela passou, está tudo registrado. É uma coisa assim que você vê. Aqui uma jovem, aqui uma jovem experiente, digamos assim", diz o repórter fotográfico.
Começava assim, um projeto diferente do dia a dia do Ricardo. Repórter fotográfico de política há mais de 30 anos, ele decidiu contar, dar voz aos indígenas. E, assim, nasceu o livro "Povos originários, guerreiros do tempo".
Foram sete anos na estrada, nos rios, mostrando dez etnias, dez povos do Acre, Mato Grosso, Bahia, Alagoas, Amazonas. Registros de uma rotina, de rituais, de um pajé, dos povos isolados. Cada etnia teve, ainda, sua história contada por indígenas e antropólogos. Como o José Pimenta, que viveu um tempo com o povo Ashaninka.
"A importância do livro é de dar visibilidade para esses povos indígenas e mostrar a história desses povos, de suas lutas, resistências e também da grande capacidade de resiliência desses povos indígenas", diz José Pimenta, antropólogo da UNB.
O livro mostra um pouco de como vive hoje quem descende dos primeiros habitantes do Brasil, a resistência deles.
Quando os portugueses desembarcaram no Brasil, em 1500 havia, segundo a Funai, 3 milhões de indígenas. Já segundo os dados mais recentes do ISA, organização que atua com povos indígenas, são em torno de 750 mil.
"São eles que protegem a floresta. A água que a gente bebe, são eles que preservam. As melhores terras são deles porque eles preservam. Então, se nós não entendermos isso, se nós não dermos voz a eles, o que será desse planeta?", questiona Stuckert.
Voz que foi dada para a Penha: duas fotos que mostram o orgulho de ser uma Yanomami.
"(A foto) Ajudou muito. Preconceito, não ligo. Não vou mentir que eu sou Yanomami. Eu sou sim, eu tenho a minha etnia. Eu nunca menti a minha etnia. Tenho o meu orgulho", afirma Penha Góes.
https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2022/03/19/livro-conta-a-h…
As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.