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Lideranças indígenas são ameaçadas por grileiros

Brasil Norte-Boa Vista-RR
22 de Fev de 2005

A direção do Conselho Indígena de Roraima (CIR) denuncia que no estado sete lideranças ligadas àquela entidade vêm sofrendo ameaças por parte de pessoas contrárias à Homologação da Reserva Raposa/Serra do Sol em área contínua.
O coordenador do CIR Dionízio Tobias, o ex-coordenador Jaci José de Souza, os tuxauas Melino Galé, Junio Constantino, Gregório de Lima e Ivaldo André, além de Dionízio Tobias receberam recados e telefonemas ameaçadores por serem favoráveis à homologação em área contínua.

Impunidade
Nos últimos 20 anos, 21 índios foram mortos no conflito, o último deles foi Aldo Mota, em janeiro de 2003, na região das serras, município do Uiramutã. As denúncias já foram formuladas à Polícia Federal, que instaurou inquérito para averiguar a procedência delas.
A maioria dos crimes ficou sem solução, sem culpados ou punição e poucos são levados a Júri. De um total de 1.024 processos originários dos mais de 1.400 crimes, só 76 foram julgados até hoje, o que projeta um índice de punição de 7,5%, segundo dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT).
Nos últimos 20 anos, a pistolagem matou pelo menos uma pessoa a cada cinco dias no Brasil. Ainda hoje, pelo menos 213 ativistas estão ameaçados e sem proteção. Mais de 1.400 pessoas foram assassinadas por pistoleiros desde 1985 e em 92,5% dos crimes, os responsáveis ficaram impunes.

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