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Líder Krahô Pedro Penõ será homenageado no III Fórum Social Indígena

O Girassol (TO) - http://www.ogirassol.com.br/
05 de Abr de 2010

Este ano, os organizadores do III Fórum Social Indígena do Tocantins, que será realizado de 7 a 9 de abril, no Anfiteatro da UFT, em Palmas, homenageará o povo Krahô, relembrando a história do líder Pedro Penõ, chefe da Aldeia Pedra Branca, que faleceu no dia 7 de fevereiro de 2002, com 95 anos. Penõ assumiu a liderança da aldeia quando tinha 33 anos, e sua principal função foi ajudar na demarcação do território Krahô. Ele se destacou pela habilidade em negociações, na sua velhice, tornou-se um dos mais respeitados sábios indígenas.

Essa luta pela demarcação das terras não foi fácil, Penõ caminhou a pé até Goiânia, de lá foi para o Rio de Janeiro, então capital do País, para conversar com Getúlio Vargas. As terras foram demarcadas em 1951, com sua habilidade, ele expulsou posseiros e garantiu a liberdade do povo Krahô para viver em suas terras.

Além de lutar pela sobrevivência do povo Krahô, Penõ resolveu situações de conflitos diversos e em 1897, juntamente com uma equipe de jovens Krahôs, foi buscar a Kiyré, uma machadinha de pedra semilunar, sagrada para o povo Krahô, que estava no Museu Paulista da USP. A devolução da machadinha merece um capitulo a parte, o reitor da universidade realizou uma cerimônia para oficializar a entrega da machadinha. O instrumento teria sido levado para o museu, em 1949, por um antropólogo.

A machadinha é um símbolo tão importante paro o Krahô, que representa o coração da tribo. Ao retornar para a aldeia com a machadinha, houve uma grande festa, e daí em diante, Penõ passou a contar as histórias e lendas criadas em torno da sagrada machadinha. Mas a devolução da machadinha não foi fácil, a comitiva ficou em São Paulo quase três meses. Os detalhes do resgate da machadinha estão no livro 'De longe, toda serra é azul', histórias de um indigienista, escrito por Fernando Schiavini.

O maior legado que Penõ deixou para os brasileiros, sejam indígenas ou não, é a paciência e perseverança na luta pela conquista dos seus sonhos, direitos e ideais. Era um homem de palavra, acima de tudo honesto, verdadeiro e pelo que conta os escritos históricos sobre a sua vida, era um cidadão de alma pura, um espírito superior, que cumpriu na Terra a sua missão, garantir a dignidade ao povo Krahô. (Informações da Ascom/Seciju)

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