Levantamento da ONG TNC faz um diagnóstico dos investimentos nas Unidades de Conservação

A ONG The Nature Conservancy (TNC), lançou esta semana em Curitiba, durante o VI Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação (CBUC), o estudo "Contribuição dos Estados Brasileiros para a Conservação da Biodiversidade: diagnóstico financeiro das Unidades de Conservação Estaduais".

O relatório, segundo dados da ONG, aponta os resultados alcançados desde 2008, quando teve início uma parceria com os estados de Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul e a Diretoria de Áreas Protegidas do Ministério do Meio Ambiente, para fornecer apoio técnico, logístico e financeiro para o fortalecimento e aprimoramento institucional e administrativo da gestão financeira das Unidades de Conservação.

Foram coletados dados durante oito meses e analisados os orçamentos dos estados, com a participação de mais de 300 técnicos.

O diagnóstico vai permitir a elaboração das estratégias de sustentabilidade financeira nos estados, segundo a coordenadora de Áreas Protegidas da TNC, Analuce Freitas, funcionando principalmente como um instrumento de planejamento. "Ajudará a definir os investimentos necessários, a partir dele o estado poderá saber onde foi investido e quanto ainda precisa ser", explica.

A coordenadora ainda destaca a possibilidade de definição dos investimentos também no entorno das UCs, "conforme as lacunas identificadas no diagnóstico, os estados poderão definir suas ações", conclui.

Os dados apresentados revelaram que os estados pesquisados abrigam importantes remanescentes da Mata Atlântica. Ao todo as Unidades de Conservação cobrem cerca de 3.094.161 hectares que, aproximadamente, abrigam 40% desses remanescentes.