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LBA dá subsídios a governo estadual

www.emtempo.com.br
Autor: Renan Albuquerque
03 de Ago de 2007

Dados disponibilizados pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS) indicam que as pesquisas desenvolvidas pelo Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA) estão sendo de larga importância para mensurações em curso por parte do governo do Estado, no que tange ao programa bolsa-floresta, implementado em junho no âmbito da Lei de Mudanças Climáticas.

A sugestão foi destacada ontem, no site da sds (http://www.sds.am.gov.br/), que destacou informações do pesquisador Antonio Manzi (foto), diretor-executivo do LBA que integra o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) referentes ao balanço de carbono das florestas da Amazônia. No texto, a SDS chama atenção para o que o cientista explica sobre o volume hoje estocado de carbono na Amazônia, de 110 bilhões de toneladas; sobre as emissões anuais de carbono por desflorestamento na Amazônia, de 200 a 400 milhões de toneladas por ano; e ainda em relação ao seqüestro de carbono pela fotossíntese na floresta amazônica, de 300 a 600 milhões de toneladas por ano.

Esses quantitativos ressaltados no site da SDS foram destaque na 1ª Oficina sobre o Papel das Florestas do Amazonas no Ciclo Hidrológico e Valoração dos Serviços Ambientais, e hoje estão arquivados no banco de dados da SDS.

As conclusões de Manzi, respaldadas por suas pesquisas, irão servir de base para que o governo estadual possa avaliar as cotações sobre a retenção de carbono pela floresta. Isso porque a meta da SDS é pagar R$ 50 por mês às famílias que moram em unidades de conservação (UCs) estaduais. Mas, para isso, a secretaria está formando um banco de dados de informações científicas que subsidiem de modo concreto a proposta.

Bolsa-floresta

Existem atualmente 16,4 milhões de hectares de UCs estaduais. Sendo 81% de áreas de desenvolvimento sustentável e 19% de regiões de proteção integral. O programa prevê que as populações moradoras das áreas e no entorno imediato sejam beneficiadas com o bolsa-floresta.

Ou seja, elas deverão receber até R$ 600 por ano para não desmatarem e não deixarem ninguém desmatar nesses espaços ambientais (o projeto inicial previa R$ 1 mil por ano, mas o valor inicial será menor). Além disso, uma das metas do bolsa-floresta também é estender informações que possam dar sustentabilidade ao mercado do seqüestro de carbono, no qual o Estado do Amazonas pretende se inserir.

Isso porque o preço da tonelada de carbono comercializado na Bolsa de Chicago (EUA) varia hoje de US$ 3 a US$ 5.

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