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Laudo confirma estupro

A Crítica (AM) - http://www.acritica.com.br
Autor: Elaíze Farias
30 de Mar de 2010

Laudo divulgado pelo legista do Instituto Médico-Legal (IML) confirmou ontem que a menina indígena de sete anos de idade, da etnia mura, foi violentada. A informação foi dada pelo diretor do IML, Frank Azevedo. A menina é natural da comunidade Campanã Grande, a duas horas de lancha de Manicoré (333 quilômetros de Manaus).

Até então, os únicos exames que atestavam o abuso sexual haviam sido os realizados pelos médicos da Maternidade Moura Tapajóz, onde ela está internada. Conforme Azevedo, o laudo foi feito a pedido da Delegacia Especializada em Apoio e Proteção à Criança e ao Adolescente (Deapca). O documento deve ser entregue à titular da Deapca, Linda Gláucia de Moraes, hoje.

A mãe da menina, cujo nome não foi revelado, está desde o final de semana em Manaus, acompanhando a recuperação da filha. Ela chegou à cidade em transporte custeado pela Fundação Nacional de Saúde (Funai). Estava prevista, também, a vinda do pai. Mas sua presença não se confirmou.

A delegada Linda Gláucia foi procurada para falar sobre o andamento das investigações, mas preferiu não dar detalhes por enquanto. Ela contou apenas que conversou ontem de manhã com a mãe da menina indígena. Conforme a delegada, apesar da conversa, novos elementos para integrar a investigação não foram acrescentados. "Tentamos identificar o que realmente aconteceu com a criança, mas está tudo na mesma", disse, referindo-se ao andamento das investigações. Linda Gláucia não informou quando pretende ir até a comunidade indígena para continuar a investigação.

MPE E MPF

O caso envolvendo a menina indígena também está sendo investigado pela Promotoria da Infância e da Adolescência do Ministério Público Estadual (MPE). O Ministério Público Federal também foi comunicado sobre a situação mas ainda não se pronunciou.

A Maternidade Moura Tapajóz continua prestando informações sobre a garota apenas por meio de nota elaborada pela assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa). De acordo com a nota, a criança indígena apresenta quadro clínico estável e vem sendo acompanhada por uma equipe multiprofissional (médico, psicólogo e assistente social). Seguindo o que orienta o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o órgão não poderá dar maiores informações sobre a paciente menor de idade.

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