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Laudo antropológico da área deve ser concluído este mês

Correio do Estado-Campo Grande-MS
16 de Mar de 2003

A comunidade que era liderada por Marcos Veron, com mais de 100 famílias, reivindica as terras da Fazenda Brasília do Sul, uma área de pouco mais de 8 mil hectares, localizada em Juti. A alegação é que a área sempre pertenceu aos índios, onde, segundo eles, chegou a existir uma aldeia. A Funai determinou há mais de três anos os levantamentos antropológicos na propriedade, cujo laudo, que ficou engavetado por todo esse período, deve ser concluído este mês .
Na época dos levantamentos, os índios invadiram parte da propriedade e permaneceram no local, pacificamente, até 2001, quando decidiram ocupar também a sede da fazenda, colocando funcionários para fugir e fazendo outros de reféns. Eles entenderam que seria essa uma forma de pressionar o Governo federal a resolver a questão.
No entanto, pelos atos praticados, a Justiça decidiu expulsar os índios da fazenda. No ano passado, depois de ficarem vivendo de favor em uma aldeia de Caarapó, eles também foram expulsos e obrigados a acampar nas margens da MS-156, município de Dourados.

No dia 11 de janeiro deste ano, depois de várias reivindicações para voltarem à Fazenda Brasília do Sul, Veron decidiu comandar uma nova invasão à propriedade, o que provocou todo o problema. A Justiça Federal autorizou o sepultamento do cacique na própria fazenda e desde então o grupo voltou a montar acampamento no local, onde estão até hoje. O proprietário da fazenda, Jacinto Honório Silva Filho, teve um pedido de reintegração de posse acatado pela Justiça Federal e o prazo para os índios deixarem a propriedade seria na última terça-feira. A Funai conseguiu mais 15 dias de prazo para que possa convencer o grupo a sair da fazenda de forma pacífica. O chefe da Funai em Dourados, Jonas Rosa, desmentiu as denúncias de que os índios estariam impedindo a colheita de soja, garantindo que o clima é de tranquilidade no local.

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