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Lancada publicacao sobre 10 anos de experiencias de conservacao ambiental na Mata Atlantica

Ambientebrasil
20 de Ago de 2004

Lançada publicação sobre 10 anos de experiências de conservação ambiental na Mata Atlântica
A Rede de ONGs da Mata Atlântica, o WWF-Brasil, o Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica e o ISA - Instituto Socioambiental lançaram nesta quinta-feira (19), um livro que reúne os resultados de um mapeamento das ações em prol da conservação, recuperação e uso sustentável na Mata Atlântica entre 1990 e 2000. O "Quem faz o que pela Mata Atlântica" é resultado de um projeto desenvolvido pelas quatro instituições com o intuito de potencializar o intercâmbio de conhecimentos e o planejamento de atividades desenvolvidas em benefício da Mata Atlântica.
Para mapear as experiências realizadas na década de 90 por órgãos públicos, organizações não-governamentais (ONGs), empresas públicas e privadas, universidades, escolas, instituições de pesquisa públicas e privadas, movimentos sociais, sindicatos, cooperativas, entre outras instituições, em um dos biomas mais ameaçados do planeta, do qual restam apenas 7% da área original, foi desenvolvido entre fevereiro e novembro de 2001, o projeto "Avaliação do Esforço de Conservação, Recuperação e Uso Sustentável dos Recursos Naturais da Mata Atlântica", conhecido como Quem faz o que pela Mata Atlântica.
De acordo com o cadastramento realizado por instituições espalhadas pelos 17 estados onde ocorre a Mata Atlântica, foram realizados no bioma 829 projetos entre 1990 e 2000, dos quais 82 não foram analisados devido à lacuna das informações fornecidas. Dos 747 projetos analisados, 456 tinham como objetivo principal a conservação da Mata Atlântica, 137, a recuperação, e 154, o uso sustentável.
As ONGs responderam pela execução da maior parte deles (47%). Em seguida, aparecem os órgãos públicos municipais (20,77%). Considerando que alguns projetos envolvem mais de uma ação, o principal componente de 162 deles foi educação ambiental, de 138, pesquisa e monitoramento, de 137, proteção de espécies de flora e faunas nativas, de 134, apoio às Reservas Particulares de Proteção Natural (RPPNs), e de 122, apoio às Unidades de Conservação públicas.
O bioma recebeu um investimento de R$ 390 milhões na década de 90. Mais de 55% foram repassados a Estados, apesar de mais de 70% deles terem abrangência municipal e local. O FNMA - Fundo Nacional do Meio Ambiente foi o financiador do maior número de projetos (180), seguido do Unibanco Ecologia (166) e da Fundação O Boticário de Proteção e Natureza (91).
Com tiragem de 2 mil exemplares, que serão distribuídos prioritariamente a organizações da sociedade civil e instituições públicas que atuam no bioma, a publicação apresenta uma análise das experiências cadastradas, a distribuição geográfica dos projetos em mapas e a síntese dos dados por área de abrangência  nacional, estaduais e municipais.
Além disso, inclui um CD-ROM com a versão integral da publicação em formato PDF, base de dados completa dos projetos cadastrados e um programa simplificado que permite aos usuários que não disponham de programas de banco de dados obterem listagens com diversas opções de cruzamento de informações. O conteúdo do CD-ROM está disponível também no site das quatro instituições. (WWF-Brasil)
Ambiente Brasil, 20/08/2004

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