VOLTAR

Lago Caracaranã será ponto de cultura e etno turismo

Folha de Boa Vista - http://www.folhabv.com.br/fbv/noticia.php?id=59347
Autor: Shirleide Vasconcelos
04 de Abr de 2009

Os pontos de cultura, etno turismo e etno desenvolvimento estão dentro dos projetos elaborados pelo CIR (Conselho Indígena de Roraima) para implantação na Reserva Indígena Raposa Serra do Sol, inclusive em áreas que ainda serão repassadas para várias comunidades indígenas, como as fazendas de produção de arroz e o lago Caracaranã.

Conforme o coordenador do Departamento de Projetos e Convênios do CIR, Júlio Macuxi, uma assembléia geral da entidade, realizada há um mês, foi definido realizar o zoneamento econômico e ecológico das terras indígenas e o Lago Caracaranã foi declarado como patrimônio dos povos indígenas.

No local será criado um Centro Regional, onde funcionarão vários projetos e em torno do Lago será construída uma estrutura para realização de eventos das comunidades indígenas e também será aberto para instituições não indígenas que queiram realizar atividades.

Macuxi explico que o Caracaranã servirá para o etno turismo, ou seja, as pessoas poderão ir ao local para conhecer mais sobre a cultura e como vivem os indígenas da região.

A forma como estes passeios etno turísticos vão acontecer e como as pessoas poderão ter acesso a esta atividade, ainda não foi definido. De acordo com o coordenador, "o Caracaranã precisa de repouso para resgatar sua originalidade", disse. O início das construções depende de liberação de recursos para o projeto.

Em toda a Reserva Raposa Serra do Sol, serão instalados quatro pontos de cultura em parceria com o Ministério das Comunicações, FUNAI (Fundação Nacional do Índio), Ministério da Cultura, CIR e comunidades indígenas. Em cada ponto destes, haverá etno turismo.

Além do lago Caracaranã (região da Raposa), haverá pontos de cultura na região do Baixo Cotingo, no Surumo e na região das Serras. Os pontos de cultura comportam toda estrutura de equipamentos para filmagem, apresentações culturais, acesso à internet.

Também está prevista a implantação da Rádio Difusora Indígena (AM), no Centro Indígena de Formação Cultural - no Surumu. Até o fim deste mês, será assinado convênio e contrato com os Ministérios. A rádio terá alcance em quase todo o estado.

Indígenas vão plantar várias culturas nas fazendas de produção de arroz

Sobre o que será feito nas fazendas Depósito, Canadá, Guanabara, Providência, Tatu e Vizeu, onde hoje funcionam a produção de arroz de não-índios, o coordenador do Departamento de Projetos e Convênios do CIR, Júlio Macuxi, afirmou que inicialmente, quando estas propriedades forem repassadas, o primeiro passo será discutir entre as comunidades indígenas quais culturas serão trabalhadas.

Depois será realizada a recuperação ambiental dos locais e em seguida a ampliação do Projeto de Etno Desenvolvimento, que inclui a produção de arroz orgânico e plantação de várias culturas.

Lembra que as outras fazendas já repassadas para as comunidades, em que projetos estão em desenvolvimento. Um deles é na Fazenda Itacutu, na região do Baixo Cotingo, onde já havia estrutura para criação de peixe em cativeiro e a comunidade formada no local aplicou o projeto.
Outra fazenda é a Jacarezinho, onde há o Projeto de Fiscalização de área dos recursos naturais. Também há a fazenda São Raimundo, que funciona para criação de gado, porco e carneiros.

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.