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03 de Mai de 2010
É neste segunda-feira o júri popular de três funcionários da Fazenda Brasília do Sul, em Juti, acusados de matar a pauladas o cacique Marcos Veron, então com 70 anos, e de tentar matar outros seis indígenas entre os dias 12 e 13 de janeiro de 2003.
O júri dos réus Estevão Romero, Carlos Roberto dos Santos e Jorge Cristaldo Insabralde seria em abril, mas foi adiado depois que o advogado de defesa apresentou atestado médico alegando que estava em tratamento e precisava se afastar das atividades profissionais por 20 dias.
O julgamento é aguardado ansiosamente por toda a comunidade indígena, especialmente a Takuara, de guaranis-Kaiowás.
Para garantir isenção ao julgamento, o caso foi desaforado do Mato Grosso do Sul para São Paulo, a pedido do Ministério Público Federal. O MPF alegou "notável preconceito da população e autoridades locais com os índios".
Crueldade - Além de homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e meio cruel, uma vez que o cacique foi morto a golpes na cabeça, o MPF e a Funai sustentarão a ocorrência de um crime de tortura, seis tentativas qualificadas de homicídio, seis crimes de sequestro, fraude processual e formação de quadrilha.
O MPF lembra de outros casos envolvendo mortes de índios que ficaram sem solução em Mato Grosso do Sul, citando como exemplo o desaparecimento de dois professores indígenas da etnia guarani-kaiowá desapareceram após ocupação de uma fazenda em Paranhos, fronteira com o Paraguai. Apenas o corpo de um deles foi encontrado.
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