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JICA procura iniciativas promissoras na Amazônia

Ambiente Brasil-Curitiba-PR
07 de Jul de 2003

A Jica - Japan Internacional Cooperation Agency, entidade ligada ao Ministério das Relações Exteriores do Japão, enviou recentemente uma missão ao Brasil para ver de perto as mudanças no governo federal e os impactos em projetos de desenvolvimento e conservação do meio ambiente na Amazônia Legal. Os japoneses estão interessados em financiar e dar apoio técnico à iniciativas, públicas ou de organizações não-governamentais, que levem à conservação de florestas tropicais e melhoria da qualidade de vida da população amazônica.

No Brasil, a missão manteve encontros em vários ministérios e visitou os estados do Pará, Amazonas, Mato Grosso, Acre e Rondônia. Neste último, os japoneses conheceram o Projeto Reca e sua dinâmica com sistemas agroflorestais e agroindústria de alimentos a partir do cupuaçu, pupunha e açaí. A organização comunitária do Reca envolve cerca de 40% dos produtores de Vila Nova Califórnia (RO) e é um exemplo de produção sustentável que garante renda a mais de 300 famílias.

Na Embrapa Acre, a missão ouviu dos pesquisadores que existem oportunidades de parceria em projetos de plantas medicinais (desenvolvimento de processos e protótipos), subprodutos de castanha-do-brasil e manejo florestal (produção de sementes, estudos de novas espécies, adaptação de equipamentos e design de móveis com escala comercial). Segundo os pesquisadores, estes produtos são chaves para alavancar a economia florestal, principal diretriz do Estado, e têm grande impacto social e ambiental na região.

As pesquisas com manejo florestal comunitário, por exemplo, já consolidaram a prática no assentamento Pedro Peixoto, a 90 km de Rio Branco (AC), onde 20 famílias usam a técnica nas áreas de reserva legal. A iniciativa está em fase final de certificação pela FSC - Forest Stewardship Council e o governo do estado já manifestou interesse em torná-la referência para expansão do manejo em outras regiões.

"Nós submetemos à Jica dois grandes projetos de pesquisa com espécies florestais madeireiras e não-madeireiras. Estamos aguardando a avaliação", disse o chefe geral da Embrapa Acre, Ivandir Soares Campos. Para Yasuhiro Onishi, assessor da Jica Belém, independente da avaliação destes projetos, a missão teve impressão positiva da visita nos Estados, identificando ações com aplicação prática para melhoria da qualidade de vida e conservação ambiental. "Vamos levar estas impressões para o Japão e verificar quais os melhores meios para dar apoio técnico ou financeiro às iniciativas promissoras".

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