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Japão trará R$ 1,3 bi para investir em bioenergia

FSP, Dinheiro, p. B10
02 de Jun de 2006

Japão trará R$ 1,3 bi para investir em bioenergia
Dinheiro será usado em projetos que envolvam etanol e biodiesel no Brasil
Acordo entre os dois países deverá ser assinado em outubro, e os investimentos devem começar a ser feitos a partir de março de 2007

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Ministério da Agricultura informou ontem que o Banco de Cooperação Internacional do Japão (JBIC) deverá investir R$ 1,286 bilhão em financiamentos para projetos que envolvam etanol e biodiesel no Brasil. O acordo deverá ser firmado em outubro, e os investimentos devem começar a ser feitos a partir de março do ano que vem, de acordo com o ministério. Ontem, o ministro Roberto Rodrigues (Agricultura) se reuniu com representantes do JBIC para tratar de detalhes da linha de financiamento.
De acordo com o Ministério da Agricultura, os projetos que deverão ter suporte financeiro do banco japonês estão na área de desenvolvimento tecnológico (conduzidos pela Embrapa) e apoio para pequenos produtores de etanol e biodiesel.
"Os países estão procurando alternativas [ao petróleo]. Essa é a briga que o Brasil está travando, de criar um mercado para o etanol e para o biodiesel", disse Ricardo Dornelles, diretor do Departamento de Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia.
Hoje, o Japão já pode misturar 3% de etanol à gasolina. Se isso fosse feito, o mercado japonês para etanol seria de cerca de 1,8 bilhão de litros por ano. Na safra passada, a produção brasileira de etanol foi de cerca de 13 bilhões de litros.

Dois leilões
Em relação ao biodiesel, que hoje pode ser misturado ao diesel comum na proporção de 2%, a soma total dos projetos apresentados ao governo chega a 1,6 bilhão de litros. Em 2008, a mistura de 2% será obrigatória -significa que a demanda interna pelo produto deverá ser de aproximadamente 800 milhões de litros por ano.
Já foram realizados dois leilões para compra de biodiesel para atender o mercado interno. No primeiro, foram comprados 70 milhões de litros, para entrega até dezembro. No segundo, foram comprados 170 milhões de litros, para entrega entre julho deste ano e junho do ano que vem.
"O mundo saiu do carvão, entrou no petróleo e irá sair do petróleo", diz Nivaldo Rubens Trama, presidente da Abiodiesel (Associação Brasileira das Indústrias de Biodiesel).

FSP, 02/06/2006, Dinheiro, p. B10

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