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Investindo na natureza com responsabilidade

O Globo, Razão Social, p. 20
06 de Set de 2004

Investindo na natureza com responsabilidade
HSBC faz parceria com ONGS internacionais para instruir funcionários sobre a importância
Pode parecer inverossímil, mas tartarugas hawksbill (tartarugas-de-pente) de Barbados, na América Central, darão um toque especial na luta pela conscientização ambiental num santuário ecológico do Rio: a Ilha Grande, em Angra dos Reis. Foi lá, e com elas, que uma funcionária do HSBC aprendeu como ajudar a preservá-las e, em setembro, estará trocando experiências com ambientalistas da Uerj que realizam um trabalho de conscientização com a comunidade da ilha.
Em parceria com os Institutos Earthwatch (Observadores da Terra), WWF e Botanic Gardens Conservation International, a matriz do HSBC, em Londres, está investindo US$50 milhões (cerca de R$150 milhões) no programa Investindo na Natureza em 66 países. O projeto prevê investimentos no Brasil da ordem de R$12,1 milhões em cinco anos, o maior volume de recursos entre os 66 países.
Especificamente com os observadores da Terra, o banco implantou no Brasil em 2002 uma parceria que prevê o envio de funcionários a vários centros de pesquisas ambientais da entidade pelo mundo afora. Até agora, desde 2002, 74 funcionários brasileiros já viajaram para mais de 20 países, entre eles Gana, Islândia, Malásia e Tanzânia, custeados pelo banco para conhecer o trabalho dos especialistas. O objetivo é que até 2006 2.000 funcionários do banco em todo o mundo viagem. Na volta, cada um recebe uma ajuda de custo de US$500 para elaborar projetos ambientais na sua região.
Será o caso de Simone Sandin, secretária do Commercial Bank - Rede Leste (Região Sudeste mais Mato Grosso do Sul e Mato Grosso do Norte), que foi a Barbados conhecer o trabalho com as tartarugas. No mês que vem ela irá, com outros cinco funcionários, trocar experiências com especialistas na Ilha Grande.
- Esse projeto está mais ligado à preservação da fauna. O objetivo é fazer com que os funcionários selecionados sejam multiplicadores das idéias de conscientização de preservação do meio ambiente - explicou Marcos Cesar Moura da Silva, gerente da área de responsabilidade social da empresa.
Nos cinco anos do programa, a ONG Observadores da Terra receberá uma parcela dos R$12,1 milhões para tocar o projeto. Entre os 74 investimentos já feitos estão os projetos Golfinhos, na Espanha, onde pesquisou-se a reação dos golfinhos e outras espécies de cetáceos às ameaças ambientais criadas pelo homem; o projeto Tartarugas-verdes, na Malásia, que visa a ajudar no desenvolvimento e avaliação das incubadoras usadas para a coleta legal de ovos de tartarugas-verdes.
Além disso também houve a participação no projeto Espécies Desconhecidas, na África do Sul, com o objetivo de inspecionar e coletar amostras de animais invertebrados nas reservas naturais daquele país. A idéia é contribuir com a estratégia de proteção dos invertebrados.
No Reino Unido, um funcionário do HSBC participou do Projeto Monitoramento de Mamíferos com o objetivo de coletar informações valiosas sobre as mudanças na distribuição e população de vários mamíferos da Floresta Wytham, como parte de um programa nacional de monitoramento da vida selvagem.
Outro projeto chama-se Équidnas e Lagartos-monitores, na Austrália. Ele tem como objetivo principal coletar informações para aprofundar conhecimento dos voluntários sobre duas espécies fascinantes: a équidna e o lagarto-monitor. A équidna é um mamífero primitivo que põe ovos e o lagarto-monitor de Rosenberg é seu maior predador terrestre nativo na Ilha do Canguru. As duas espécies estão ameaçadas de extinção em conseqüência da predação humana. O trabalho dos voluntários do banco pode acabar com esse problema.
HSBC
marcesar@hsbc.br
Tel.: 11 3847-5000mail: é o marcos

Quem ganha
Lá eu tive o privilégio de participar, com meu trabalho, com noites sem dormir, andando na chuva e no vento, à procura das tartarugas. O sentimento de ter contribuído para salvar, nem que fosse uma só tartaruguinha perdida ao sair do ninho, já compensava todo o trabalho e cansaço. Fez com que me sentisse alguém que fez algo especial. Voltei com o sentimento de que posso fazer mais. As Hawksbill estiveram em extinção até 1998, quando o governo proibiu a sua caça. Queriam sua carne, ovos e casco.
Simone Sandin Secretária do Commercial Bank - Rede Leste

O Globo, 06/09/2004, Razão Social, p. 20

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