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Inpe trabalha na preservacao de desastres naturais

GM, Nacional, p.A7
21 de Out de 2005

Inpe trabalha na prevenção de desastres naturais
O Brasil está aperfeiçoando suas ferramentas de identificação e prevenção de desastres naturais provocados por fenômenos climáticos. Para identificar com antecedência e de forma mais ágil a probabilidade de ocorrência desses desastres em áreas de riscos potenciais, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) iniciou em 2004 a implantação de um sistema de informações hidrometeorológicas e ambientais.
O projeto, que tem uma previsão de recursos anuais de R$ 2,5 milhões, foi um dos principais temas discutidos durante o I Workshop sobre Desastres Naturais, que reuniu ontem no Inpe mais de 35 especialistas da área. O Workshop, que continua hoje, também abordou a capacidade do País para emitir alertas específicos sobre desastres naturais para os órgãos de defesa civil, controle ambiental e saúde pública.
A "Implantação de um Sistema de Informações Hidrometeorológicas e Ambientais para Prevenção e Mitigação de Desastres Naturais", nome dado ao projeto, foi incluída no orçamento do Plano Plurianual (PPA), dentro de um programa do Ministério da Ciência e Tecnologia. Os recursos aprovados serão aplicados entre 2004 e 2007.
Segundo o coordenador do projeto no Inpe, Carlos Nobre, o novo sistema terá como base o desenvolvimento de um software que fará um mapa contendo as informações sobre as vulnerabilidades dos municípios brasileiros a situações como deslizamento de encostas na Serra do Mar e nas regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte e Rio de Janeiro, quebra de safra no semi-árido do Nordeste devido a seca e incêndios florestais.
"Um dos objetivos desse workshop foi desenvolver a viabilidade de um quarto projeto piloto, contemplando a questão das inundações provocadas por grandes rios", disse o pesquisador.
O software do projeto será atualizado diariamente com dados meteorológicos, hidrológicos e climatológicos fornecidos por órgãos brasileiros e estrangeiros. O sistema computacional do projeto terá uma base de dados com informações detalhadas sobre tipo de vegetação, estradas, rios, clima e densidade demográfica dos mais de 5,5 mil municípios do país. Cada um deles será classificado de acordo com um índice de vulnerabilidade. Quando este índice ultrapassar o limite estabelecido pelo sistema, o alerta será disparado.
Para que não haja dúvidas quanto à veracidade da informação e do alerta de risco, tudo será checado de forma detalhada para depois ser repassado para os órgãos de atuação do governo. O projeto é liderado pelo Inpe, através do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), mas também conta com o apoio de 13 instituições, entre elas Embrapa, Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) de São Paulo, Defesa Civil Nacional, GEO Rio e Ibama.

GM, 21-23/10/2005, p A7

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