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Inpe quer prever desastre natural

FSP, Ciencia, p.A16
21 de Out de 2005

Inpe quer prever desastre natural
Cientistas brasileiros estão desenvolvendo um sistema de monitoramento meteorológico e ambiental que pretende reduzir mortes e prejuízos provocados por desastres naturais ligados ao clima.
Sob a coordenação do Inpe e com a participação de outras nove instituições, os ministérios da Ciência e Tecnologia e Integração Nacional vão investir R$ 3 milhões até 2007 para implantar três projetos-piloto para avaliar a viabilidade de um sistema nacional.
A idéia é garantir a previsão do risco de ocorrência de fenômenos, como a seca, com antecedência e precisão geográfica. O sistema também pretende possibilitar que a defesa civil nos municípios atue de maneira preventiva.
Um dos projetos vai monitorar o risco de deslizamento de encostas na serra do Mar nos municípios do litoral norte de São Paulo, além das regiões metropolitanas de Rio, Belo Horizonte, Salvador e Recife. O objetivo é prevenir mortes por soterramento.
O segundo pretende monitorar as chances de estiagem e secas em cidades do sertão do Ceará. Com isso, os pesquisadores querem diminuir o risco de quebra da safra de subsistência no semi-árido.
O terceiro projeto-piloto vai monitorar o risco de incêndios florestais na Amazônia, com foco na região conhecida como Arco do Desmatamento.
De acordo com o pesquisador do Inpe e coordenador do projeto, Carlos Nobre, as regiões onde serão desenvolvidos os pilotos vão receber um maior número de ferramentas de pesquisa, como estações de monitoramento climático, de monitoramento da água e de análise do solo.
Esse aporte, segundo ele, vai possibilitar que as previsões sejam feitas com maior antecedência e especificando melhor as regiões onde existe risco de desastre. Hoje as previsões são muito genéricas e não permitem uma ação preventiva do governo.
"Primeiro, esses equipamentos vão nos possibilitar o mapeamento das áreas onde existe risco de ocorrência desses desastres. Em seguida, essas informações vão ser colocadas em um computador que vai fazer o monitoramento dessas áreas e identificar, de maneira automática, a probabilidade de ocorrência de eventos extremos", disse.

FSP, 21/10/2005, p. A16

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