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Índios Terena ameaçam fechar estradas no MT pela quarta vez

Gazeta de Cuiabá-Cuiabá-MT
Autor: Keka Werneck
13 de Jun de 2002

Cerca de 300 índios, da etnia terena, que estão desde o ano passado morando provisoriamente na chácara Lago Azul, em Rondonópolis, a 200 quilômetros de Cuiabá, ameaçam fechar, pela quarta vez, as BRs 163 e 364, porque não conseguiram ainda uma área definitiva para viver.
Ontem, no final da tarde, lideranças indígenas ficaram de se reunir para discutir novas estratégias de pressão.
Segundo o administrador da Fundação Nacional do Índio (Funai), José Miranda, os terenas estão revoltados porque, conforme o acordo feito durante a última interdição das estradas, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) havia prometido comprar a fazenda Tarumã, para assentá-los.
Informações extra-oficiais chegaram aos ouvidos das lideranças indígenas, dando conta de que o Incra teria indeferido a autorização para a compra da fazenda, justificando que questões fundiárias indígenas não são de sua responsabilidade. A reportagem não conseguiu falar com a superintendência do instituto em Mato Grosso, ontem, no final da tarde, mas, de acordo com José Miranda, funcionários da Funai, em Brasília, obtiveram informações de que a notícia do indeferimento não procede e que a situação dos terenas, portanto, continua inalterada.
No dia 27 de maio, como exigência para os índios desbloquearem as estradas, saiu publicado em Diário Oficial que a fazenda Tarumã seria comprada pelo governo federal e o proprietário indenizado pelas benfeitorias. Ainda segundo Miranda, até hoje os índios continuam esperando pelo assentamento.
Havia a possibilidade deles radicalizarem, bloqueando as BRs, ontem mesmo, caso o governo federal não tome medidas rápidas.

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