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Índios são vítimas de doenças respiratórias

Jornal do Tocantins-Palmas-TO
Autor: Gilvan Noleto
27 de Jun de 2001

A incidência de infecções respiratórias entre os índios tocantinenses é elevada. Dados da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) apontam que, no ano passado, dos cerca de 6.483 índios foram registrados 5.595 notificações compulsórias da doença. Comparada com os registros do ano de 1999, quando cerca de 60% das doenças ou 2.943 casos notificados, também foram de infecções respiratórias. Por esses dados, o quadro que se desenha é de evolução da doença. Para avaliar esse quadro, saber as causas da doença, para poder traçar metas de combate eficientes é que desde ontem o Conselho Distrital de Saúde Indígena está reunido, com técnicos em saúde, na sala de reuniões da Funasa, em Palmas.
Pelo relatório da Funasa no ano 2000, as doenças Gastro-intestinais, estão em 2o lugar representando 25,89% das doenças, com 3.822 casos registrados. De acordo com a Chefe do Distrito Especial Indígena, da Funasa, Nadja Mara Moreno Barbosa, não há como se determinar um prazo para se encontrar as causas da doença entre os índios. A fase agora é de discussão de como essa investigação vai acontecer.
Para o presidente do Conselho, Escrawen Sompré, que é da Etnia Xerente, essas pesquisas são importantes, como foram as que denunciaram a elevada incidência da doença, porque, segundo ele, um controle social de verdade, é que dá qualidade às políticas de saúde. Fazendo uma comparação com a política de controle social direcionada para os índios com as políticas direcionadas para os não índios, Sompré considera a política indígena mais positiva, porque nela há a participação do próprio índio nas decisões a serem tomadas.
A composição do Conselho Distrital de Saúde Indígena é de 50% de índios das cinco etnias do Estado, 25% de servidores da Funasa e 25% de prestadores de serviços, como a Prefeitura de Tocantínia e a Ong Fasan

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