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Índios resistem e ameaçam usar armas para manter acampamento na Esplanada

Clica Brasília - http://www.jornaldebrasilia.com.br/
01 de Jun de 2010

Munidos com um mandato de reintegração de posse, agentes federais tentam retirar um grupo de mais de 100 índios que ocupam, desde janeiro, uma área no gramado da Esplanada dos Ministérios, próxima ao Ministério da Justiça. Segundo o delegado que coordena a operação (que conta também com a participação da PM), existe uma liminar emitida pela 6ª Vara Federal que exige que os indígenas de 20 etnias saiam da área, mantendo uma distância mínima de mil metros, e não impeçam o funcionamento das atividades do órgão.

No entano, segundo as lideranças indigenas, a primeira menstruação de uma menina de 12 anos - que segundo a cultura de uma das etinias presentes, seria intocável nesse período - propvoca a resistência do grupo a sair do local. Os índios estão armados com arcos flechas e pedaços de pau e ameaçam resistir com força a tentativa de desocupação.

Apesar de uma ordem judicial determinar a desocupação da área em frente ao Ministério da Justiça, os índios - que estão no local desde janeiro - afirmam que o acampamento só será desativado se o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, receber o grupo.

O líder indígena Arão da Providência afirma que Acampamento Revolucionário Indígena deve permanecer no local até que o ministro os receba. Eles exigem, principalmente, a exoneração do presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Márcio Meira, e a revogação do Decreto 7.056/99 (que institui as atribuições desta instituição).

A procuradora do Ministério Público Federal Luciana Loureiro explica que a limitar é uma medida de conter uma invasão que estava programada pelo grupo indígena durante reuniões no ministério.

"Houve relatos que os índios pretendiam invadir as dependências do ministério para impedir o encontro da Comissão Nacional de Política Indigenista. A União foi à Justiça e solicitou a limitar evitando que as atividades na casa fossem interrompidas", destaca a procuradora.

O ministério destinou a servidora Ana Patrícia para negociar com os índios. De acordo com ela, eles devem organizar uma comissão que será atendida pelo ministro, desde que desocupem a área invadida. A Funai ofereceu hospedagem, alimentação e transporte aos índios para abandonar o local, mas até o momento as propostas foram recusadas.

Aguarde mais informações.

Fonte: Da redação do clicabrasilia.com.br, com Agência Brasil

http://www.jornaldebrasilia.com.br/site/noticia.php?id=283832

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