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Índios reclamam de contaminação da água em Mato Grosso

24HorasNews (MT) - http://www.24horasnews.com.br
06 de Abr de 2010

Índios que vivem na reserva Kapot/Jarina, no extremo norte de Mato Grosso, estão alegando que a água do rio que corta a reserva ficou contaminada após o acidente do Boeing da Gol que caiu a há três anos e meio na região. Eles cobram a retirada dos destroços do aparelho. "Bebemos água com gosto ruim. A pesca e a caça na região estão ruins também. Já pedi para tirar tudo de lá e até agora ninguém foi fazer alguma coisa. O lugar é reserva indígena que precisa ser preservada" - disse cacique Raoni Metuktire, da tribo kaiapó.

Tanto a Secretaria de Meio Ambiente (Sema) como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) de Mato Grosso enviaram à Fundação Nacional do Índio (Funai), na segunda quinzena de março, um relatório com informações sobre os problemas ambientais registrados pelos índios na região do acidente (diga-se, ocorrido em setembro de 2006).

A Funai de Colíder (MT) informou que vai fazer um estudo ambiental na região para avaliar os danos provocados pela queda da aeronave e pela presença das peças do avião no local. Já a assessoria do governo estadual informou que só após análise do documento é que técnicos ambientais poderão dizer o que deverá ser feito na reserva indígena.
A área onde ocorreu o acidente com o avião da Gol tem 6.350 km² e abriga cerca de mil índios das aldeias Kapot, Metuktire e Piaraçú.

"Nenhum índio pisou no local desde a expedição feita em 2007 com o coronel Marcos Marinho, marido de uma das vítimas da queda do avião", conta Raoni. O local ficou fechado desde então, afirmou o cacique.

Em nota, a Gol informou que contratou uma empresa para estudar o impacto ambiental causado dos restos da aeronave e que o laudo não só apontou a inexistência de dano permanente, como concluiu que qualquer tentativa de retirar os destroços causaria novos danos, já que seria necessária a abertura de outras clareiras, com derrubada de árvores. A Força Aérea Brasileira (FAB), por sua vez, informou que os destroços pertencem ao proprietário da aeronave e não tem atribuição legal de fazer retirada das peças do local do acidente.

Com G1

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