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Índios produzem filmes mostrando o dia a dia na aldeia

24 Horas News - http://www.24horasnews.com.br
19 de Abr de 2016

Criar a primeira aldeia virtual do país no Xingu, a partir de uma iniciativa de jovens Ikpeng, é a ideia da Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social (Setas). Em pleno Xingu, eles montaram uma sala de informática com 12 computadores, ilha de edição, câmeras fotográficas e de vídeo. Com apoio de um técnico de São Paulo, criaram um banco de dados na língua Ikpeng, e por isso receberam uma premiação internacional.

"Dentro do propósito do Programa Emprega Rede, a Setas pretende qualificar os jovens Ikpeng para que, com essa estrutura, possam, por exemplo, criar uma agência virtual de turismo e garantir o sustendo dentro do seu próprio meio", explica o titular da pasta, secretário Valdiney de Arruda, observando que pretende fazer deste um modelo de inclusão produtiva nas demais aldeias dentro outros que estão em faze de estudo na Setas.

Oreme Marlus Ikpeng, de 24 anos, é o responsável pelo banco de dados dos Ikpeng. Além de participar ativamente do Movimento das Mulheres Yarang (mulheres Ikpeng coletadoras de sementes do projeto de sociobiodiversidade produtiva idealizado pelo Instituto Socioambiental - ISA), revela-se um grande interessado e conhecedor da tecnologia virtual.

Orgulhoso por ajudar a imortalizar a história dos Ikpeng, recebeu com entusiasmo o interesse da Setas fomentar a aldeia virtual na Moygu. "Nós precisamos desse apoio das autoridades. Queremos continuar morando na aldeia, mas também precisamos levar nossa história para outros estados e países, termos condições de fazer esse intercâmbio e principalmente de sermos valorizados aqui dentro do nosso próprio estado".

Mas o desempenho dos jovens Ikpeng não para por aqui. Kamatxi Tapï Ikpeng e Karane Txição são cineastas. Este grupo jovem inclusive já lançou um documentário, gravado e editado na própria aldeia, atestando que podem ir muito além nas artes visuais.

Para fazer um levantamento da estrutura existente na aldeia, a Empresa Mato-grossense de Tecnologia da Informação (MTI) enviou junto com os secretários o técnico Roberto Rivelino dourado. Um dos problemas encontrados foi a falta de internet. "Há apenas na escola e no posto de saúde, mas não tem capacidade para suprir a demanda para este projeto de aldeia virtual", afirmou o técnico, que já fez um relatório completo e encaminho ao presidente do MTI, André Kompatscher, para estudo de viabilidade.

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