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12 de Abr de 2004
A Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Porto Alegre (RS) solicitou hoje (12) ao Ministério Público Estadual, o encaminhamento à Justiça do pedido de reintegração de posse do Parque Natural do Morro do Osso, na zona Sul da cidade, invadido por 65 índios Caingangues, na última sexta-feira (9). Os índios dizem que o local era um cemitério de sua etnia e como tal lhes pertence. O governo local diz estar cumprindo seu papel de defender o patrimônio público. Antropólogos de organizações não governamentais de defesa dos interesses indígenas entendem que o governo teria, no mínimo, que mandar fazer uma investigação arqueológica ímediata para comprovar ou não a existência do cemitério. Se for verdade, os índios têm direito a reivindicar a terra de seus antepassados. A Prefeitura diz apenas que não existem na área evidências arqueológicas ou históricas que confirmem a existência de cemitério indígena, mas não mostra o resultado de qualquer prospecção. A informação teria sido foi repassada à Secretaria de Meio Ambiente pelo antropólogo Sérgio Batista, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A existência de um suposto cemitério é creditada a mitos e lendas que povoam o imaginário popular, segundo o governo municipal. Lideranças indígenas dizem que têm informação dos antigos que alí era sim um cemitério dos guaranis. (Veja também www.radiobras.gov.br, www.ufrs.br, www.socioambiental.org, www.cimi.org.br).
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