Correio do Povo-Porto Alegre-RS
09 de Nov de 2005
As 26 famílias de caingangues que invadiram área adjacente ao Parque
Natural do Morro do Osso, na Capital, em 2004, não sairão do local
mesmo que a desocupação tenha sido determinada judicialmente. A
garantia foi do cacique Jaime Alves, em reunião, ontem, organizada
pela Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembléia.
Uma decisão judicial expedida na segunda quinzena de outubro
estabeleceu 30 dias para a comunidade indígena deixar a área. A ação
foi ajuizada pela prefeitura e a decisão, tomada pelo juiz federal
Cândido Alfredo Silva Leal Júnior, da Vara Ambiental, Agrária e
Residual. Segundo ele, o prazo seria suficiente para a prefeitura
acomodar os índios em área já determinada, no Cantagalo.
O administrador substituto da Funai no RS, João Alberto Ferrareze,
disse que está em diagnóstico o pedido, encaminhado pelos
caingangues, para que o Morro do Osso seja determinado como área
indígena.
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