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Índios mantêm funcionários da Funai dentro de sede em Itanhaém, SP

G1 - http://g1.globo.com/
20 de Jul de 2013

A reunião entre indígenas, o Ministério Público Federal e representantes da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), ligada ao Governo Federal, que estava marcada para esta sexta-feira (19), não aconteceu. Com isso, a manifestação continua e agora cinco funcionários da Funai são mantidos na sede, em Itanhaém, no litoral de São Paulo, como forma de protesto. A Sesai diz que fará a reunião apenas se os índios desocuparem o local.

Sem respostas para os problemas nas aldeias e no Posto de Saúde de Peruíbe, também no litoral paulista, os mais de 100 índigenas que foram até a Funai para a reunião fizeram uma manifestação na rua.

Além dos índios das sete aldeias de Peruíbe, vieram outros de cidades do litoral norte, de São Sebastião e Ubatuba para apoiar a manifestação. "Chega do nosso povo indígena sofrer. Eu sei que a saúde pública está um problema, mas eles tratam a gente diferente. Eles têm que dar total assistência, porque é nosso direito", diz o cacique Awa, da aldeia Renascer, de Ubatuba.

Líder da aldeia Ribeirão, de São Sebastião, o cacique Veramirin diz que, se necessário, vai buscar apoio de indígenas de outras regiões. "É uma reivindicação legal. Nós vamos reunir cada liderança do Estado de São Paulo e, se precisar, vamos buscar apoio em estados vizinhos, como Rio de Janeiro e Paraná", diz.

Por mais de duas horas, os caciques ficaram reunidos com o coordenador da Funai à porta fechada. Foram várias ligações ao Ministério Público, Polícia Federal e à direção da Funai em Brasília. Depois de algum tempo, chegou um documento, enviado pela Secretaria Especial de Saúde. "O documento propõe uma reunião no Ministério Público Federal em Santos, no dia 26 de julho, a partir das 14h, mas coloca algumas condições para que se realize. Uma é a desocupação do prédio do pólo base em Peruíbe", explica o coordenador regional da Funai, Amaury Vieira.

A Sesai também alerta sobre a reintegração de posse do posto, ocupado pelos índios há cinco dias, já concedida pelo juiz. Depois de uma nova reunião entre os líderes do movimento, com a ajuda de funcionários da Funai, os indígenas encaminharam a decisão ao órgão e exigem a presença do secretário. "Ficou definida uma reunião e pedimos a presença do secretário. Se ele não comparecer, nós vamos continuar no pólo base", diz o cacique Paraguassú, da aldeia Bananal.

Eles também decidiram manter cinco funcionários da Funai no local durante todo o fim de semana até que alguém da Sesai apareça para negociar. Nesta sexta-feira (19), o coordenador da Secretaria, Paulo Camargo, respondeu às denúncias dos índios sobre os equipamentos abandonados em uma aldeia e sobre os problemas no posto de saúde e com o saneamento básico nas aldeias. O coordenador afirmou que desconhecia o problema e que vai tentar resolvê-lo.

http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2013/07/indios-mantem-func…

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