VOLTAR

Índios libertam funcionários da Funasa que eram mantidos como reféns

Folha Online
30 de Mai de 2008

Os seis funcionários da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) que eram mantidos reféns por índios da Aldeia Renascer, em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo, foram libertados na noite de ontem. Segundo a Funasa os funcionários não ficaram feridos.

De acordo com a Fundação, os funcionários --três do Rio de Janeiro e três de São Paulo-- foram feitos reféns às 11h manhã, mas os índios só entraram em contato com a Funasa no final da tarde. As negociações foram feitas pelo coordenador regional da Fundação em São Paulo, Raze Rezek, e duraram até 23h45, quando os funcionários foram finalmente libertados.

Para a liberação, Rezek se comprometeu a atender às reivindicações dos índios, que pedem a ampliação da distribuição de água na aldeia.

Os índios pediram a recuperação de três foças, a construção de quatro banheiro e quatro novas foças, além da instalação de uma nova caixa-d'água com capacidade de 10.000 litros para abastecer quatro casas recém construídas. Segundo a Funasa, as obras devem começar já na semana que vem

Antes de serem feitos reféns, os funcionários testavam a qualidade da água distribuída na aldeia.

Cuiabá

Ontem à noite os dois funcionários da Funasa em Cuiabá mantidos como reféns por cerca de 70 índios desde o dia 26 também foram libertados. Os índios das etnias irantxe e mynky invadiram a sede da Funasa em Cuiabá. O atendimento foi suspenso e dois funcionários foram impedidos de sair.

Os índios reclamavam de um atraso de cinco meses no repasse de verbas para a ONG encarregada do atendimento à saúde indígena da região de Brasnorte (580 km de Cuiabá), onde estão suas aldeias.

No momento, não há nenhum funcionário da Funasa mantido refém.

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.