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Índios liberam funcionários da Vale e ferrovia no Maranhão

OESP, Nacional, p. A8
10 de Fev de 2006

Índios liberam funcionários da Vale e ferrovia no Maranhão
Guajajaras negociam com Funasa e aceitam suspender protesto pelas más condições de saúde em 17 reservas

Ernesto Batista

Quatro funcionários da Companhia Vale do Rio Doce que eram mantidos reféns por índios desde terça-feira foram libertados ontem de madrugada. Os 200 guajajaras também liberaram a Estrada de Ferro Carajás em Alto Alegre do Pindaré, a 200 quilômetros de São Luís.
O grupo protesta contra a situação da saúde indígena nas 17 reservas do Maranhão. Por volta das 3 horas, os índios fecharam uma espécie de pré-acordo com a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), a Fundação Nacional do Índio (Funai) e a Vale. Além dos guajajaras, estiveram na reunião representantes de sete das oito etnias que vivem no Estado.
Segundo o líder do movimento, o cacique Francisco Guajajara, os índios deram um voto de confiança. "O movimento ainda não acabou. Se até segunda-feira não houver acordo, voltaremos a obstruir a ferrovia." Ele garantiu que o protesto foi organizado sem a influência das oito ONGs que cuidavam da saúde indígena até 2005 e foram dispensadas pela Funasa.
As principais reivindicações são a reorganização dos distritos especiais de saúde, a distribuição de remédios e médicos nos postos de saúdes das aldeias, a execução de um inventário das terras e a garantia de que a fiscalização dos limites será feita pelos próprios índios.

OESP, 10/02/2006, Nacional, p. A8

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