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Índios infectados pelo rotavírus

A Crítica-Manaus-AM
Autor: Euzivaldo Queiroz
21 de Set de 2005

Hospital de Cruzeiro do Sul tem recebido a maioria dos pacientes com suspeita de rotavírus, tanto do Acre quanto dos municípios amazonenses fronteiriços

Uma equipe da Secretaria em Vigilância e Saúde (SVS), designada pelo Ministério da Saúde, está a caminho das aldeias indígenas atingidas pelo rotavírus, localizadas entre os Municípios de Eirunepé (a 1.245 quilômetros de Manaus) e Ipixuna (a 1.368 quilômetros). O grupo é formado por três técnicos da SVS, uma médica do Departamento de Saúde Indígena, Graça Serafim, uma enfermeira consultora do Distrito Especial Sanitário Indígena do Médio Solimões (Dsei) e uma auxiliar de enfermagem. Ao todo, seis aldeias contabilizam registros da doença e óbitos causados por rotavírus e doenças diarréicas. São elas: Piau, Iari, Medonho, Idodô, Bem-te-Vi e Penedo .

Por conta da falta de visibilidade, causada pela fumaça decorrente de queimadas, a equipe está desde quinta-feira passada, dia 15, em Cruzeiro do Sul, no Acre. Um helicóptero do Exército Brasileiro, que está auxiliando os trabalhos de assistência indígena, saiu ontem pela manhã de Eirunepé e chegou em Cruzeiro do Sul para buscar o grupo, mas ainda não tem data prevista para retornar ao Estado, por causa da visibilidade estimada em 200 metros apenas. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) também ofereceu um helicóptero para buscar a equipe, mas o mau tempo impossibilitou a missão.

Segundo a coordenadora de Operações do Departamento de Saúde Indígena da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Marília Ferraro, não há condições de a equipe se deslocar para as aldeias por meio de transporte fluvial. "Para chegar de motor rabeta é praticamente impossível, por causa da vazante acentuada. Em períodos normais, leva-se aproximadamente dez dias. A saída é o transporte aéreo", afirma.

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