24 Horas News-Cuiabá-MT
08 de Set de 2003
Depois de bloquearem o acesso à estrada "Nova Fronteira" entre os municípios de Tangará da Serra e Sapezal, os índios paresí obtiveram como resposta aos seus protestos, a autorização para financiamentos agrícolas em suas terras. De acordo com o técnico indigenista Martins Toledo de Melo a situação foi resolvida através de diálogo e ainda o comprometimento das autoridades de estarem viabilizando meios para o plantio de lavouras.
Na reunião foram definidas as políticas de financiamento para o plantio de lavouras nas terras indígenas, a liberação da estrada Nova Fronteira e também a libertação dos cinco funcionários da Fundação Nacional do Índio (Funai) que foram feitos reféns na última terça-feira como forma de protesto para agilizar a vinda de autoridades de Brasília, para resolverem as pendências em relação aos procedimentos para o plantio em áreas indígenas agricultáveis.
O clima no local esteve sob tensão devido a grande fila de caminhões que ultrapassou os 10 km e os caminhoneiros impacientes com a situação chegaram a atritar-se entre si. A rodovia só estava liberada para veículos transportando enfermos.
Para se chegar em Sapezal durante o bloqueio, os motoristas tiveram que enfrentar um desvio de aproximadamente 170 km. Ainda de acordo com Martins outras questões pendentes devem ser estudadas e resolvidas nos próximos dias. Ele informou ainda que em Tangará da Serra, será feito um levantamento para se verificar a situação indígena e ainda definir medidas paliativas que venham atender as necessidades imediatas da população paresí.
Estiveram reunidos com os índios, o presidente da Empresa Mato-grossense Pesquisa, Assistência e Extensão Rural S/A, representações políticas de Campo Novo do Parecis, prefeito de Sapezal, Superintendente e ouvidor das questões indígenas do Estado, coordenadores da Funai de Brasília, procurador federal e servidores da Funai em Tangará da Serra.
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