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Índios fazem protesto na AM-070 para pedir posse de terreno invadido

Em Tempo - http://www.emtempo.com.br
30 de Ago de 2013

Mais de 2 mil pessoas entre índios e não índios que ocupam há mais de dois meses um terreno particular e da prefeitura de Iranduba (a 27 quilômetros de Manaus), localizado no quilômetro 5 da rodovia Manoel Urbano (AM-070), realizaram, nesta sexta-feira (30), uma manifestação próximo a Ponte Rio Negro, para pedir a posse definitiva da terra.

De caras pintadas e com arcos, flechas e lanças nas mãos, os índios das etnias Miranha, Cocama, Ticuna, Cambeba, Macuxi, Uai-Uai, Maraguá, Caceteiro, Sateré-Mauwé, Mundurucu, Mura e Apurinã, acompanhados de não indígenas que também ocupam o terreno invadido, interditaram os dois lados da rodovia, por cerca de duas horas, prejudicando o trânsito no local, até serem retirados pela polícia de forma pacífica.

Conforme o prefeito de Iranduba, Xinaik Silva Medeiros, o terreno invadido mede aproximadamente 50 mil metros quadrados. A prefeitura conseguiu junto à justiça, uma liminar que determina a retirada dos invasores em 72 horas. Caso não seja cumprido a prefeitura vai entrar com uma ação pedindo a reintegração de posse do terreno.

Os manifestantes deixaram o local após intervenção da Polícia Militar, que utilizou um efetivo de mais de cem policias divididos entre o Comando de Policia Especializado (CPE), Ronda Ostensiva Candido Mariano (Rocam), Força Tática, Canil, 8ª Companhia Independente da Policia Militar (8ª CIPM) de Iranduba, além de um helicóptero, para conter os manifestantes que pretendiam chegar até a Ponte Rio Negro.

O cacique da etnia Miranha e presidente do Movimento Indígena Para uma Vida Melhor, Augusto Miranha, permitiu pela primeira vez, a entrada da imprensa na área invadida. No local já foram construídos mais de 3 mil barracos de madeira e os ocupantes continuam a limpar os terrenos para construção barracos.

"Viemos cobrar terra e moradia. Vieram máquinas e desmataram, em seguida retiraram barro e areai para construir a ponte, e não fizeram nada. Nós construímos moradias e nos acusam de agredir o meio ambiente", justificou.

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