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Índios Erikbatsa querem fábrica de castanha em reserva indígena

24 horas News-Cuiabá-MT
09 de Mai de 2004

Produção em escala comercial explorando racionalmente os recursos naturais existentes em suas terras. De quebra, a renda resolveria em parte as necessidades básicas nas aldeias, e o fluxo de caixa abriria perspectivas para geração de negócios sustentáveis. Com esta finalidade, índios da etnia Erikbatsa, cujas reservas erikbaktsas, Escondido e Japuíra estão localizadas nos municípios de Brasnorte, Cotriguaçu e Juara, respectivamente, defendem a implantação de uma fábrica de castanha-do-pará para produção em escala comercial.

Para tanto, juridicamente já contam com a Associação Indígena Rikbaktsa (Asirik), criada em 1995 para mediar a organização desses novos empreendimentos com a estrutura sócio-econômica interna.

Na gestão do Governo anterior, os índios tentaram implantar uma fábrica de palmito com recursos do mal sucedido Programa de Apoio às Iniciativas Comunitárias (Padic). A proposta dos índios que estiveram em Cuiabá reiteradas vezes para tocar o negócio ficou na gaveta.

"As florestas são um fator primordial e é dela que tiramos o sustento para nossas vidas. O que nós queremos agora é apoio. As dificuldades que encontramos são inúmeras", disse o presidente da Asirik, Isidoro Revomitsa.

Cansado de promessas, Isidoro aposta na administração Blairo Maggi para avaliar as propostas de gestão econômica dos índios que querem criar alternativas econômicas em suas comunidades, e não depender apenas de caça e pesca para sobreviver.

Segundo ele, a vivência dos problemas relacionados à organização interna de produção e comercialização, o contato direto com o mercado regional, as soluções encontradas e testadas, foram um aprendizado intenso e preparatório para uma nova fase de auto-organização e gestão econômica.

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