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Índios e representantes da Funai buscam acordo

Estadão do Norte-Porto Velho-RO
03 de Fev de 2006

A tragédia ocorrida recentemente bem como outros problemas ocasionou a manifestação indígena

Até o fechamento desta edição, os indígenas que ocupavam a sede da Fundação Nacional do Índio (Funai) neste município ainda se encontravam reunidos com os representantes do órgão, o coordenador da Funai, Almir Amorim Von Helder e Vitorino Souza, assessor da presidência, que estavam dialogando com os manifestantes. O procurador da República em Rondônia, Reginaldo Pereira da Trindade, também se fazia presente nas conversações.
Silas Oro Nao, participante da reunião, disse que enquanto não se chegasse a um acordo provavelmente os indígenas iriam permanecer ocupando a sede do órgão. Ele aproveitou para esclarecer que os negociantes de Brasília em nenhum momento foram desrespeitados, se referindo a uma notícia de que os representantes da Funai poderiam ser feitos reféns.
O indígena Wem Prawn Oro Mon, o Piau, relatou que um dos pontos que estavam entravando as negociações entre lideranças e representantes da Funai era com relação ao novo administrador, o nome indicado pelas lideranças foi de Cirilo Ferreira Menezes para ocupar o cargo, mas afirmou Piau que os representantes da Funai, alegaram haver impedimento por Cirilo Ferreira não ser funcionário do órgão. Segundo Piaui, Cirilo é defensor da causa e já trabalhou com os indígenas.
A Funai ficou de apresentar um nome de conhecimento deles para análise dos indígenas - o qual poderia ser aprovado ou não pelos manifestantes.
Verbalmente, segundo Piau, já se tinha acertado o desligamento do atual administrador Dídimo Graciliano de Oliveira, bem como do fiscal e também vice-administrador Edilson. Os demais pontos estavam bem encaminhados.
Em contato, antes do fechamento, com Silas Oro Nao, ele relatou que os negociantes que vieram de Brasília estavam entrando em contato com seu pessoal na Capital Federal para encontrar uma solução que pudesse por fim ao impasse.
Ontem fez mais de uma semana de ocupação dos indígenas ao escritório do órgão. Um dos pontos, entre outros, que desencadeou o protesto foi o grave acidente acontecido no dia 25 de janeiro, que resultou na morte de 6 indígenas e deixou 17 feridos. Na ocasião 25 indígenas estavam sendo transportados em um caminhão, em cima de sacos de castanhas, para Guajará-Mirim.(F.O)

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