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24 de Fev de 2010
O presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Márcio Meira, negou a extinção da unidade do órgão em Altamira. Ele esclareceu às lideranças indígenas da região do Xingu, em reunião ocorrida na manhã de ontem no auditório do Ministério da Justiça, que as administrações executivas regionais e postos indígenas serão substituídos por unidades regionais ligadas diretamente à Brasília.
Na oportunidade, representantes das comunidades indígenas da região apresentaram ao presidente da Fundação uma lista o com quinze tópicos de reivindicações. Dentre as exigências estavam a escolha de uma liderança indígena para coordenar a Funai na região de Altamira e a garantia de verbas para a Casa do Índio. As discussões ocorreram de forma pacífica e resultaram em um acordo. No próximo dia 9, o presidente da Funai estará na cidade de Altamira em nova reunião com as comunidades indígenas para a escolha dos componentes do Comitê Gestor de Altamira.
O encontro teve início às 10 horas e contou ainda com a participação de lideranças das etnias Juruna, Arara, Xikrin, Asurini, Kayapó, Parakanã, Araweté; além da diretora de proteção territorial da Funai, Maria Auxiliadora Leão. A reunião terminou por volta das 14 horas. As lideranças indígenas aceitaram o novo modelo administrativo, uma vez que este possibilita uma maior participação dos indígenas com a instalação dos Comitês Gestores.
Também foi garantida infraestrutura para o atendimento das demandas das comunidades na região, bem como o orçamento das unidades extintas, redistribuído para a Frente de Proteção Etnoambiental e Coordenações Técnicas Locais. Ao final da reunião, um dos líderes da aldeia Tukaya, Luís Xipaya, releu os itens reivindicados e obteve a aprovação integral dos acordos estabelecidos no local pelas demais lideranças indígenas presentes. Eles garantiram que a sede da Funai em Altamira - localizada no Campus I da Universidade Federal do Pará (UFPA) na região - será desocupada. Há mais de duas semanas a sede estava ocupada por indígenas em sinal de protesto contra o fechamento de escritórios da Funai na cidade.
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