VOLTAR

Índios do Xingu recebem indenização de TV japonesa

Midianews-Cuiabá-MT
Autor: Nelson Francisco
19 de Nov de 2001

Os índios da etnia Kamayurá - uma das 14 nações que moram no Parque Nacional do Xingu - foram indenizados pela TV NHK Japan Brodcasting Corporation por ter veiculado um programa sobre os índios sem autorização da Fundação Nacional do Índio. A Funai recebeu R$ 101.680,00 para serem aplicados em prol da comunidade indígena.

De acordo com a assessoria de imprensa da Funai, a indenização se fez necessária devido a veiculação pela TV NHK de um programa feito na terra indígena, por uma produtora independente, sem autorização prévia da Funai. Assim que soube do problema, a NHK se prontificou a indenizar os índios dessa comunidade.

Conforme a Funai, o dinheiro recebido deverá ser investido nas áreas de educação e atividades produtivas da comunidade, além da aquisição de um caminhão.

Para se visitar uma área indígena é necesssário ter autorização da Funai. Mesmo com o aval do órgão indigenista, os índios não são obrigados a posar para fotografias ou dar entrevistas.

Os Kamayurá vivem desde 1961 no Parque Nacional Indígena do Xingu
com Kayabi, Waurá, Ikpeng (Txicão), Yudja (Juruna), Trumai, Suiá, Matipu, Nahukwa, Yawalapitis, Mehinakos, Kalapalos, Aweti, Kuikuro. A população estimada é de 4 mil habitantes que vivem numa área de 27 mil quilômetros quadrados, quase o tamanho da Bélgica.

Localizado no norte de Mato Grosso, essa é uma das poucas áreas indígenas totalmente preservada. Vistos como guardiões da natureza, os 14 povos do Xingu vivem em paz, mas alertas para a guerra contra os destruidores da natureza. Defendido com bordunas, flechas e muita lábia pelos seus habitantes, o parque sobrevive milagrosamente sem poluição com sua fauna e flora intocadas.

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.