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Índios do RS enfrentam problema fundiário

Correio do Povo-Porto Alegre-RS
19 de Abr de 2003

Exibição inicia comemoração pelo Dia do Índio na Capital

Mais de 25 mil indígenas vivem no Estado, sofrendo com a pobreza, a discriminação e a violência. Das centenas de grupos que habitavam o RS, restam apenas os caingangues e alguns poucos guaranis (em torno de 3 mil). Segundo a coordenadora executiva do Conselho Estadual dos Povos Indígenas, Ivonete Campregher, estudos indicam que os índios do RS e do Mato Grosso são os mais empobrecidos do país. Para ela, a questão fundiária, resultado da expropriação de terras pelos brancos ao longo dos séculos, é o maior problema.

Ivonete explica que as reservas indígenas demarcadas pelo governo federal em 1910 não foram suficientes e, além disso, as áreas localizadas no RS foram repartidas pelo governo estadual com colonos sem-terra. As famílias de colonos, em torno de 8 mil, já estão sendo reassentadas em outros locais, mas o processo ainda não foi concluído. Além disso, destaca ela, as terras devolvidas têm solo erodido, vegetação afetada e mananciais poluídos. Outros problemas apontados são a falta de água potável e a desnutrição infantil.

A deputada federal Maria do Rosário, integrante da Comissão Especial do Indígena do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, lembra do crescimento da violência contra índios em todo o país, incluindo desde a exploração econômica e a ausência de políticas públicas até as agressões físicas. A responsável pelo Setor de Educação da Funai Passo Fundo, Iara Alvarez, reclama do não reconhecimento, pelo Ministério da Educação, das escolas indígenas criadas pela Funai.

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