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Índios desocupam sede da Funai

A Crítica-Manaus-AM
Autor: Luiz Vasconcelos
24 de Abr de 2006

Manicoré foi palco de conflito entre indígenas e diretor da Funai

O grupo de 22 indígenas que causava terror à direção da Fundação Nacional do Índio (Funai) do município de Manicoré (a 333 quilômetros de Manaus) abandonou a sede do órgão às 23h de domingo. Eles saíram sob a pressão de 86 indígenas da jurisdição da cidade, que foram mobilizados para retomar o prédio da instituição.

O motivo da ocupação - iniciada na tarde de sexta-feira - era a insatisfação de uma minoria com a administração de Eurípedes Brito. O grupo, liderado por Natanael Rodrigues Parente, estava armado de arco e fecha, munido de pneu e gasolina e ameaçava a integridade dos funcionários da Funai.
O conflito só veio a público agora, mas uma fonte ligada aos índios, que preferiu não se identificar, disse que o problema entre Natanael e Brito é antigo. "Ele nem mora em área indígena, mas vive insatisfeito com tudo e com todos. Os indígenas que moram na área reservada para eles não têm problema com o administrador da Funai", relata, acrescentando que Natanael tem uma ligação estreita com a Funai de Porto Velho.

Eurípedes Brito diz que o clima na Funai é tranqüilo. Alguns índios aguardam a direção nacional do órgão para fazerem suas reclamações e serem enviados para suas aldeias. "Estamos dando alimentos para eles e aguardando a chegada do representante da Funai", diz.

Indígenas das etnias Parintintim, Torá, Apurinã, Mura e Mundurucu ainda continuam no município. Apenas oito foram enviados para Manaus. Brito afirma que não houve resistência e nem violência física no momento da retomada da sede. "Houve xingamento, não contato físico", afirma.

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