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Índios desbloqueiam acesso à hidrelétrica

O Estado do Paraná-Curitiba-PR
Autor: Anselmo Meyer
10 de Ago de 2001

Os índios caingangues da Reserva Apucaraninha desbloquearam a entrada da usina hidrelétrica de Salto Apucaraninha no começo da tarde de ontem. A usina, que fica no interior da área indígena no município de Tamarana, próximo a Londrina, teve seu acesso fechado na manhã da última quarta-feira. Os três reféns, que estavam sob o poder dos índios, também foram liberados ontem. O fim do protesto ocorreu depois de uma reunião com dois representantes do setor de geração da Copel, proprietária da hidrelétrica, que receberam uma série de reivindicações dos manifestantes para a renovação do contrato de arrendamento, que aconteceu há cinqüenta anos. Os pedidos estão sendo remetidos à sede da empresa, em Curitiba, que fará uma análise.Segundo o secretário da comunidade indígena da região, Paulo Kuita, o ponto principal são os R$ 56 mil pagos anualmente pela Copel, como royalties. Deste total, são descontados R$ 30 mil para o pagamento de energia elétrica consumida pela reserva. "Não temos uma proposta pronta, mas prepararemos uma no próximo dia 20 deste mês, numa reunião com a Copel". Um dos pontos que a comunidade indígena defende é que o valor pago anualmente seja efetuado mensalmente.Os índios ameaçavam forçar os funcionários mantidos como reféns a cortar a energia elétrica da usina, caso nenhum integrante da Copel se reunisse com eles, até ontem. A hidrelétrica abastece o município de Tamarana, parte da cidade de Londrina e vários distritos da zona rural londrinense

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