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Índios definem afastamento de Josafá da Funasa

Diário da Amazônia-Porto Velho-RO
16 de Mar de 2006

O impasse entre a classe indígena, sobre a permanência ou não do coordenador geral da Funasa de Rondônia, Josafá Marreiros, que já estava afastado do cargo desde a semana passada, foi definido ontem pela manhã, na sala de reunião do Rondon Palace Hotel, por meio de uma votação com a participação de mais de 100 índios, que integram as 86 etnias existentes no Estado e parte do Mato Grosso. Pelo menos 76 índios votaram contra a permanência de Josafá Marreiros no cargo e 51 a favor.
O resultado da votação será transformado em documento e enviado para a Funasa de Brasília. Junto com o resultado também estará o pedido dos indígenas para que não coloquem no cargo alguém ligado a políticos do estado. "Sabemos que o Josafá Marreiros era ligado a um grupo político. Por isso temos certeza de que o trabalho não era bem feito", disse o índio Júlio Surui, cuja tribo está localizada na região do município de Vilhena.
Nenhum representante legal da Funasa participou do encontro realizado hoje de manhã. É que o próprio diretor do Departamento de Saúde Indígena da Funasa de Brasília, José Maria França, já havia anunciado na última terça-feira, durante reunião com os índios na fundação em Porto velho, que a decisão sobre Josafá Marreiros caberia a classe. "O que podemos adiantar e tentar solucionar são as reivindicações administrativas para o melhoramento da saúde", avisou.
Impasse- Pelo resultado da votação os índios que foram a favor da permanência do coordenador Josafá Marreiros são os que ficam mais próximos a sede da Funasa, em Porto Velho, como os Kassupá, cuja tribo fica na Capital e afirmam que estão sendo bem atendidos pela atual coordenação. Já as etnias que foram contra o retorno de Marreiros ao cargo são as que ficam mais distantes de Porto Velho, como os Cinta Larga e os Surui, que moram na região do Cone Sul do Estado e parte do mato Grosso.

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