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Índios de MG cobram terras e direitos

Hoje em Dia-Belho Horizonte-MG
Autor: Ana Paula Lima
19 de Abr de 2005

A disputa pela terra ainda é a principal reivindicação das tribos indígenas na semana em que se comemora o Dia do Índio. Desde o último sábado, 150 representantes indígenas que vivem em território mineiro discutem a situação das comunidades, como parte da 2ª Assembléia do Conselho dos Povos Indígenas de Minas.
Hoje, Dia Nacional de Mobilização e Luta, eles participam de audiência pública na Assembléia Legislativa e entregam documento aos deputados estaduais com as principais reivindicações, que também envolvem saúde e educação. Em seguida, fazem caminhada de protesto até a Praça da Liberdade. No Estado, são 10.500 índios, distribuídos em oito tribos, de acordo com o Conselho.
'Todo dia é dia de índio. Não fazemos pedidos, mas reivindicações para todos os povos, e isso passa pela terra. Terra de índio não pode ter limite e o Governo deve respeitar nossos direitos', disse o cacique Uarkanan de Aruanã, 61 anos. A tribo dele, Xucuru-Kariri, tem 86 membros e ocupa 100 hectares de terra perto da cidade de Caldas, no Sul do Estado, mas não é a única a sofrer o drama da terra.
'O povo Aranã vive no Vale do Jequitinhonha em uma área doada pela Igreja Católica de Araçuaí', relatou Wilson Mário Santana, coordenador do Conselho Indigenista Missionário. Ele explicou que só com um estudo antropológico da Fundação Nacional do Índio (Funai) a tribo conseguiria levantar o território que historicamente lhes pertence e conseguir reocupá-lo.
'Hoje, muitas famílias estão dispersas em municípios diferentes devido à questão da terra. Sem o estudo da Funai, os Aranã não são sequer reconhecidos pelo Governo federal', diz. Já os Xakriabá, que habitam o Norte de Minas, exigem que parte da área deles no Vale do Peruaçu não seja transformada em parque.

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