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Índios de Manaus cobram mais Educação e Saúde

A Critica via clippinf Funai
Autor: Leandro Prazeres
04 de Abr de 2007

Educação e saúde diferenciadas. Essas são as principais reivindicações
da União dos Povos Indígenas de Manaus (Upim), uma entidade que
representa 21 etnias de índios que migraram de suas áreas originais, no
interior do Amazonas, em busca de melhores condições de vida na capital.
Ontem, a organização se reuniu com outras entidades do gênero e
autoridades governamentais durante a primeira assembléia da Upim, e
hoje, os indígenas prometem uma passeata com o sugestivo tema "Manaus,
mostra tua cara indígena".

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
existem cerca de 9,8 mil índios morando em Manaus atualmente.
Entretanto, a Upim e a Pastoral Indígena, entidade ligada à Arquidiocese
de Manaus, estimam que haja cerca de 19 mil índios vivendo na capital. A
maioria deixa suas aldeias em direção a Manaus em busca de melhores
condições de vida, justamente, o que reivindicam agora.
As reclamações em relação à Saúde e Educação dos indígenas que
escolheram Manaus para viver não são novas, mas, paradoxalmente,
continuam atuais. Desde 1988, quando o movimento em defesa dos direitos
dos índios começou a se fortalecer no Amazonas, até hoje, nenhuma escola
indígena foi construída em Manaus. "Nós precisamos de escolas bilíngües
para podermos manter viva a nossa cultura.

Sem nossa língua, nossa cultura se enfraquece", diz o coordenador do
Centro Cultura Tikuna, Domingos Ricardo Florentino, 38.
A coordenadora de gestão educacional da Secretaria Municipal de Saúde
(Semed), Lúcia Maia, diz que 12 professores bilíngües indicados pelas
comunidades indígenas da zona urbana e rural de Manaus serão contratados
nos próximos 15 dias. Eles irão atuar nas 12 comunidades indígenas
detectadas em Manaus.

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