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Autor: Débora Siqueira
14 de Nov de 2013
O XII Jogos dos Povos Indígenas, que acontece até sábado (16), em Cuiabá, é uma oportunidade de troca cultural entre os próprios índios e os não índios. Em uma roda de conversa com representantes dos povos indígenas de outros países é possível perceber que apesar das distâncias, das diferenças, os indígenas têm muito em comum.
Um aborígene australiano tocou um instrumento de sopro chamado 'didgeridoo' e presenteou o articulador do Comitê Intertribal de Memória e Ciência Indígena (ITC), Marcos Terena, com o instrumento. Ele contou que geralmente ele é tocado no pôr do sol, um momento sagrado. Mas o mesmo pôr do sol também é um momento de agradecimento para os índios brasileiros, que iniciaram o acendimento do fogo sagrado e deu início a abertura oficial do evento quando o sol se pôs e a lua chegou.
Índios norte-americanos do povo Cheyenne, os mesmos que habitavam o Velho Oeste, também participaram desse contato com outras nações. Eles presentearam o governador Silval Barbosa e o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, com um livro sobre os indígenas estadunidenses, na tarde de quarta-feira (13).
Do Panamá vieram uma índia professora de dança e um índio que trabalhou na Organização das Nações Unidas (ONU) como assessoria da Comissão de Direitos Indígenas. O Chile enviou duas índias que são uma espécie de pajé. A Nicaraguá tinha representantes de várias etnias daquele país, bem como representantes das nações indígenas do Peru, Argentina, Equador, Paraguai, México, Canadá, Guiana Francesa e Costa Rica. Da Guatemala o governo do país enviou um índio especialista na restauração dos pórticos maia.
O Brasil têm representantes de 48 etnias indígenas, que participam dos Jogos dos Povos Indígenas. Em julho de 2015, o Brasil deve receber, além dos seus povos, outras nações de todos os cantos do planeta para mostrar a riqueza cultural dos indígenas.
Cuiabá é uma das cidades que disputam sediar esse espaço.
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