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04 de Nov de 2008
Índios da aldeia Juçaral, localizada na terra indígena Araribóia, no município maranhense de Amarante, participam, desde esta segunda-feira (3), de Oficina de prevenção às DST/Aids promovida pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), em parceria com a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), da Universidade Federal do Maranhão (Ufma) e da unidade regional de saúde de Imperatriz.
Dos 60 convidados para a Oficina, que se encerra nesta terça-feira (4), cerca de 40 trabalham como agentes de saúde indígena (ASI) na região. A técnica da SES, Sônia Ferreira, coordenadora da atividade no município, contou que os índios estão sendo orientados sobre a necessidade do uso do preservativo.
"As mulheres, por exemplo, têm muitas dúvidas sobre como negociar a camisinha com seu parceiro. O que a gente pretende é sensibilizar os índios sobre a prática do sexo seguro como forma de conter a epidemia entre eles", disse Sônia Ferreira, que é a responsável pela abordagem do tema.
Os dados históricos sobre a infecção no Estado, com ênfase à área onde está situada a aldeia Juçaral, fazem parte da palestra do professor-doutor Istivan Varga, coordenador do Mestrado de Saúde e Ambiente da Ufma. "A ocorrência de casos naquela região está ligada à atividade de extração de madeira e à grande movimentação de caminhoneiros", observou ela, acrescentando que um representante da Funasa falará sobre assistência direcionada à população.
A pauta da Oficina foi definida em consenso com a SES e lideranças indígenas do município de Amarante. Sônia Ferreira informou que a possibilidade de realização da capacitação foi colocada aos indígenas durante a Festa do Moqueado da Aldeia Lagoa Quieta, ocorrida no mês de setembro último.
Durante o tradicional evento, técnicos da SES promoveram uma atividade de prevenção às DST/Aids, com a distribuição de preservativos e de medicamentos. "Os índios sempre se mostram muito interessados nessas capacitações", destacou Sônia Ferreira.
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