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Autor: JAMILLE COELHO
16 de Out de 2009
FLORESTA - Representantes de comunidades indígenas da Bahia marcaram presença em Floresta para protestar contra a transposição do Rio São Francisco. De acordo com o cacique Fausto, da Aldeia Atikum, do município de Rodelas, o projeto vem prejudicando os índios da região, uma vez que dois mil hectares de terra para produção da agricultura de subsistência - para 45 famílias - foi toda inundada com ordens da Companhia Hidrelétrica do Vale do São Francisco (Chesf).
"Quando nos comunicaram sobre a utilização de nossas terras para a transposição, a Chesf se comprometeu em nos ceder alguns hectares de terra para a gente continuar plantando e, ainda, oportunidades de trabalho para nosso povo, e até agora nada foi feito", explicou. Ele acrescentou que, além do prejuízo, a tribo teve que comprar 30 hectares de terra para plantar milho, macaxeira e outros.
Segundo Marcos Tuxá Banzaê, liderança da Aldeia Tuxá, - que conta com mais de 500 famílias -, em troca da cessão das terras a Chesf se comprometeu em distribuir três hectares de terra por família, criar um sistema de irrigação e ceder 15 hectares de reserva nativa. "Mesmo com o acordo estabelecido entre o Governo Federal e os índios, através do Termo de Ajuste de Conduta (TAC), nada foi feito. No termo, constava que tudo deveria estar pronto até o último dia 17 de agosto", disse.
Ele acrescentou que antes do TAC a promessa das benfeitorias contemplaria 442 famílias, e em caso de descumprimento do termo deveria haver nova negociação para que mais 58 famílias fossem atendidas.
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