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Indios Assurinis querem Justiça

Diário do Pará-Belém-PA
Autor: Renata Gobatti,
20 de Jan de 2004

Morte violenta do índio Sumipa gera protestos e cobrança por apuração do crime

Lideranças dos índios Assurinis, da Aldeia Trocará, aceitaram os apelos de Padre Jair e não realizaram a manifestação que tinham prometido para ontem, fechando a rodovia estadual PA-156, conhecida como Transcametá. Porém, um grupo liderado pelo cacique Caju segue para Marabá, para exigir Justiça, apelando para a Fundação Nacional do Índio (Funai), no sentido de apurar as responsabilidades pela morte do índio Sumipá Assurini, morto no último dia 26 com uma paulada e uma facada no pescoço, no bairro Getat.

Segundo o Padre Jair, a situação está tensa na aldeia. "Eles prometeram entrar em contato com o órgão responsável pela questão indígena, em Marabá. Dependendo dessa resposta, podem realmente fechar a ponte, como aconteceu em outra ocasião", afirma o pároco.

Jair pede o mesmo que os indígenas: Justiça. "Que as autoridades responsáveis vejam de fato as causas, porque não foi só o alcoolismo do indígena, mas ver se foi um grupo, um bando que o matou".

O caso lembra o cruel assassinato do índio pataxó Galdino de Jesus dos Santos, que foi incendiado na madrugada de 20 de abril de 1997, por cinco jovens de classe média alta do Distrito Federal.

Crime
Sumipá Assurini, de 22 anos, foi assassinado no último dia 26 de janeiro, às 8 horas, no bairro Getat. Ele foi encontrado morto, com uma ferida muito grande causada por uma paulada na cabeça e uma faca enterrada em seu pescoço.

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