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Índios aprendem a ter renda com criação de abelhas no AM

Site da Funai - Brasilia-DF
22 de Out de 2004

A Fundação Nacional do Índio (Funai), em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e o Grupo de Pesquisas com Abelhas (GPA) está desenvolvendo um projeto com atividades de ensino, pesquisa e extensão, para formação de novos meliponicultores nas terras indígenas Mura (comunidade Murutunga) e Marajaí (aldeia Marajaí), localizadas no Amazonas (AM).

O principal objetivo desse programa é estudar o comportamento das abelhas, quanto aos benefícios e implicações em diferentes áreas, culturas e povos.

A meliponicultura é a atividade que trabalha com abelhas sem ferrão. Os índios foram os primeiros a ter contato com abelhas deste tipo no Brasil, e durante muitos anos fizeram a criação artesanal em cortiços para obtenção de mel, pólen e cera.

Como resultado das aulas, treinamentos e trabalhos de educação ambiental, a ação predatória de abelhas na obtenção do mel em ninhos naturais tem diminuído.

Este projeto também contribui para a manutenção das populações de abelhas sem ferrão em áreas indígenas, servindo como modelo para programas de conservação e desenvolvimento sustentável. Além de melhorar a qualidade de vida e constituir fonte de renda alternativa para os índios e populações ribeirinhas.

De acordo com o técnico da Funai Manaus Idelfonso de Souza Cavalcante, que trabalha e desenvolve projetos como esse, a pretensão é construir serrarias nas terras indígenas, para que os próprios índios fabriquem caixas, onde serão criadas abelhas. Dessa forma, cada família terá sua própria criação.

O Brasil pode ser considerado o "paraíso ecológico" das abelhas indígenas sem ferrão (meliponínios), pois das mais de 300 espécies, muitas destas vivem aqui, segundo Idelfonso.

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