VOLTAR

Índios ameaçam enfermeiros no interior de RR por falta de remédios

G1 - http://www.g1.globo.com
29 de Jan de 2015

Enfermeiros e servidores da Saúde que atuam na Área Indígena Yanomami estão sendo ameaçados de morte devido à falta de medicamentos e alimentos, conforme denúncia feita ao G1 nesta quinta-feira (29). Há 10 dias, índios da etnia Yanomami, Xirixana e Xiriana ocupam a sede da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) em Roraima. Além de cobrarem melhorias no serviço de atendimento médico, eles pedem a exoneração da atual coordenadora da pasta.

De acordo com o denunciante, que não quis se identificar, a crise tem se agravado e a falta de medicamento está causando a morte de alguns indígenas. Além da escassez de medicamentos, ele destacou também a falta de alimentos para os pacientes internados nas unidades de saúde da região. "Temos que tirar da nossa própria alimentação para dar aos índios, pois eles não entendem e nos ameaçam com espingardas, facas e flechas", disse.

Na semana passada, no polo indígena Parima, município de Alto Alegre, uma enfermeira foi ameaçada com uma espingarda por um índio que cobrava remédios, conforme relatou o denunciante. "Estamos correndo risco de vida por conta dessa má administração", declarou.

Em concordância com os indígenas que cobram a saída da coordenadora do Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (Dsei-Y), Maria de Jesus do Nascimento, os servidores também garantem que a crise na Saúde é atribuída a má administração do órgão.

Ainda conforme a denúncia feita ao G1, a coordenadora empossou amigos e conhecidos para cargos na Sesai, entre eles um albergado lotado na Casa de Apoio à Saúde do Índio (Casai), que coagiu outros servidores para benefício próprio. "Os funcionários são coagidos e têm medo de falar por receio de perder o emprego, por isso não se manifestam", relatou.

29/01/2015 13h35 - Atualizado em 29/01/2015 21h59
Índios ameaçam enfermeiros no interior de RR por falta de remédios
Pacientes também sofrem com falta de alimentação, conforme denúncia.
Ministério da Saúde diz que Dsei-Y investiu R$ 1 milhão em medicamentos.

Do G1 RR
Facebook
Posto de atendemento médico não não possui estrutura física adequada e conta com poucos medicametos (Foto: Arquivo pessoal)Posto de atendimento médico não possui estrutura física adequada e conta com poucos medicamentos
(Foto: Arquivo pessoal)

Enfermeiros e servidores da Saúde que atuam na Área Indígena Yanomami estão sendo ameaçados de morte devido à falta de medicamentos e alimentos, conforme denúncia feita ao G1 nesta quinta-feira (29). Há 10 dias, índios da etnia Yanomami, Xirixana e Xiriana ocupam a sede da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) em Roraima. Além de cobrarem melhorias no serviço de atendimento médico, eles pedem a exoneração da atual coordenadora da pasta.

De acordo com o denunciante, que não quis se identificar, a crise tem se agravado e a falta de medicamento está causando a morte de alguns indígenas. Além da escassez de medicamentos, ele destacou também a falta de alimentos para os pacientes internados nas unidades de saúde da região. "Temos que tirar da nossa própria alimentação para dar aos índios, pois eles não entendem e nos ameaçam com espingardas, facas e flechas", disse.
saiba mais

Líder de associação indígena diz ser contra invasão da Sesai em Roraima
Dobra número de índios em protesto na Secretaria de Saúde Indígena de RR
Indígenas Yanomami de Roraima continuam ocupando prédio da Sesai
AGU em Roraima pede à Justiça retirada de índios Yanomami da Sesai
Armados, índios ocupam Secretaria de Saúde Indígena em RR; veja vídeo

Na semana passada, no polo indígena Parima, município de Alto Alegre, uma enfermeira foi ameaçada com uma espingarda por um índio que cobrava remédios, conforme relatou o denunciante. "Estamos correndo risco de vida por conta dessa má administração", declarou.

Em concordância com os indígenas que cobram a saída da coordenadora do Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (Dsei-Y), Maria de Jesus do Nascimento, os servidores também garantem que a crise na Saúde é atribuída a má administração do órgão.

Ainda conforme a denúncia feita ao G1, a coordenadora empossou amigos e conhecidos para cargos na Sesai, entre eles um albergado lotado na Casa de Apoio à Saúde do Índio (Casai), que coagiu outros servidores para benefício próprio. "Os funcionários são coagidos e têm medo de falar por receio de perder o emprego, por isso não se manifestam", relatou.

Outro lado
Em nota, a assessoria de imprensa do Ministério da Saúde informou que, em 2014, a Coordenação do Dsei Yanomami investiu R$ 1 milhão na compra de medicamentos, o que contribuiu para o pleno abastecimento da farmácia do distrito, inclusive para tratamento de pneumonia, e designou uma responsável técnica nutricionista para coordenar, monitorar e distribuir a alimentação nos polos-base e postos de saúde.

Ainda de acordo com a nota, os pacientes que se encontram na Casa de Saúde Indígena (Casai) recebem seis refeições diárias. Já os profissionais de saúde, recebem ajuda de custo para cada dia trabalhado em área indígena.

O Ministério da Saúde diz ainda que tem intensificado as ações de atenção à saúde indígena e de saneamento ambiental em terra indígena e "somente o Dsei Yanomami recebeu 15 profissionais do programa federal 'Mais Médicos'". Segundo o MS, o distrito conta com 20 médicos e 67 equipes multidisciplinares de saúde indígena compostas por cerca de 700 profissionais, entre enfermeiros, cirurgiões dentistas, psicólogos, auxiliares de saúde bucal, técnicos de enfermagem, agentes indígenas de saúde e agentes indígenas de saneamento.

O G1 tentou contato por telefone com Maria de Jesus do Nascimento, mas não obteve êxito.

http://g1.globo.com/rr/roraima/noticia/2015/01/indios-ameacam-enfermeir…

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.