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Índios amarram ladrões de madeira em árvores no Pará

Estado de S. Paulo-São Paulo-SP
Autor: CARLOS MENDES
19 de Set de 2003

Cerca de 300 índios tembés do Alto Rio Guamá, em Paragominas, no nordeste do Pará, estão mantendo 15 homens reféns, amarrados em árvores. As primeiras informações dão conta de que os homens foram capturados ontem, quando roubavam madeira e cipó dentro da reserva indígena.

Empregados de madeireiras da região, eles não tiveram tempo de fugir. Sob espingardas e flechas, eles foram escoltados até a aldeia, onde ficarão até o comparecimento da Polícia Federal e de dirigentes da Fundação Nacional do Índio (Funai).

Os tembés afirmam estar cansados de invasões e extração ilegal de madeira em suas terras. Eles querem que as autoridades expulsem os madeireiros da reserva. Em recente decisão da Justiça Federal do Pará, cerca de 1,5 mil pessoas que vivem em vilas dentro da reserva perderam o direito de permanecer na área. Apenas 60 saíram.

Malária - Os índios arawetés, no Médio Xingu, região no sudoeste do Pará, mantém desde terça-feira dois epidemiologistas da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) reféns e só aceitam libertá-los quando o governo mandar medicamentos para a aldeia. "Ninguém quer morrer por falta de remédio", disse o cacique Joaquim Curuaia. Os medicamentos foram enviados ontem por lancha - a viagem pelo Rio Xingu duraria 12 horas.

Sem acordo - Falhou a tentativa do cacique Megaron Txucarramãe de resolver o impasse entre fazendeiros, agricultores e 40 agentes da PF que protegem técnicos da Funai na demarcação da Reserva Baú-Mecranotire, entre Novo Progresso e Altamira. Com isso, a Rodovia Santarém-Cuiabá continua bloqueada.

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