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Autor: Dell Pinheiro
03 de Fev de 2015
Por Dell Pinheiro - Por meio de um trabalho de evangelização, equipe de missionários que fazem parte do projeto Ribeirinhos da Amazônia presenciaram um fenômeno raro em comunidade indígena do Estado: a presença de crianças albinas na aldeia Nova Mudança, local onde habitam índios da etnia Kaxinawá. A expedição do grupo intitulado 'Pra Jesus' aconteceu entre os dias 18 a 23 de janeiro.
"Ao chegar nessa aldeia, depois de quatro dias de viagem subindo o Rio Purus, com destino a Santa Rosa, encontramos duas crianças indígenas albinas, uma menina e um menino. A liderança da aldeia falou que outro índio que vive na comunidade e que também tem uma coloração diferente estava para Manoel Urbano junto à mãe", comentou o fotógrafo Tiago Araújo, um dos participantes da expedição.
Ele também falou que as crianças que apresentam aspectos diferentes são vistas como um presente divino. "No momento em que chegamos ao local os índios usaram as crianças como um troféu, uma forma de amuleto. Eles são os primeiro a recepcionar os visitantes, como se todos quisessem mostrar que existe algo diferente na tribo. As pessoas que viram as fotos questionaram sobre a cultura antiga de matar as crianças que nasciam com alguma deficiência, mas não tenho conhecimento que houve relatos de índios que foram mortos por causa dessa peculiaridade", finalizou.
Sobre os Kaxinawás
O povo Kaxinawá, ou Huni Kuin (gente verdadeira), como eles se denominam, vive em terras situadas no Brasil e no Peru. No Acre, o território do povo Kaxinawá localiza-se nas regiões dos Vales do Purus e Juruá. Com uma população de aproximadamente 3.964 pessoas, perfazem um percentual de 42% da população indígena do Estado.
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