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Autor: Loide Gomes
10 de Dez de 2008
Cerca de cem índios já chegaram à Praça do Centro Cívico, em Boa Vista, para acompanhar o julgamento da legalidade da demarcação da terra indígena Raposa Serra do Sol, no Supremo Tribunal Federal (STF). Até o final do julgamento, o Conselho Indígena de Roraima (CIR) pretende reunir 500 indígenas no local, das etnias macuxi e wapixana.
Os índios chegam de ônibus e desembarcam quase na frente do Palácio Senador Hélio Campos. Eles vieram das malocas Raposa e Serra do Sol, localizadas dentro da reserva questionada no STF.
Segundo Terêncio Salomão, vice-coordenador do CIR, a manifestação também conta com o apoio de índios de reservas já demarcadas e homologadas no Estado, como a Serra da Lua, no Bonfim e os yanomami. Estes, porém, ainda não chegaram à Praça.
Um telão está sendo montado no local, para que os índios acompanhem o julgamento. Neste momento, o ministro Carlos Alberto Menezes Direito ainda lê o seu voto-vista. Eles também colocaram à venda algumas peças de artesanato.
"A nossa expectativa é que o Supremo mantenha a demarcação contínua. Eles [os ministros] são os homens da lei e a gente espera que cumpram a Constituição Federal", disse Terêncio Salomão.
A maioria dos homens está com o rosto pintado de branco, preto e vermelho. "O branco significa a paz. O preto é porque ainda estamos de luto pela nossa terra e o vermelho é pelo sangue dos nossos irmãos que foi derramado na luta pela terra", explica o professor Inácio Brito.
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